
Por Maiquel Rosauro
A nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Câmara Municipal de Santa Maria, será controlada pelo governo do prefeito Rodrigo Decimo (PSDB) e não pela oposição, que inicialmente solicitou a investigação. Isso só foi possível devido a diversas manobras da base governista, liderada pelo presidente da Casa, Admar Pozzobom (PSDB), que usou de inúmeros artifícios regimentais para se apropriar do colegiado.
A CPI anterior, extinta pela Mesa Diretora após pressão da Corsan, era formada por Tubias Callil (PL), presidente; Sergio Cechin (PP), vice-presidente; e Helen Cabral (PT), relatora – sendo que Tubias e Helen são da oposição e Cechin é da base governista. O novo colegiado, embora tivesse a assinatura de oito parlamentares da oposição, terá apenas Tubias como oposicionista ao lado de Cechin e Guilherme Badke (Republicanos), ambos do governo – ainda não estão definidos os cargos de cada um na nova CPI.
Um fato fundamental para o governo ter assumido o controle da CPI da Corsan foi a ausência de dois vereadores oposicionistas na sessão desta quinta-feira (26): Werner Rempel (PCdoB) e Alice Carvalho (PSol), coautores da abertura da nova CPI e membros de bancadas que possuem um único parlamentar. Isso significa que ambos votam para formar o colegiado, composto por três parlamentares.
Com a ausência de ambos, o governo insistiu na formação da CPI nesta quinta (26), mesmo após os vereadores da oposição terem solicitado a retirada do requerimento da ordem do dia e, inclusive, retirando assinaturas do pedido de abertura da investigação.
Para que uma CPI seja aberta é necessário ter, no mínimo, a assinatura de sete vereadores. Para impedir que a CPI fosse formada hoje com maioria governista, quatro dos oitos parlamentares de oposição que originalmente avalizaram o documento retiraram suas assinaturas.
Porém, o que ninguém esperava foi o fato de que dez vereadores – a maioria da base governista – corressem para assinar e protocolar um requerimento pela abertura da CPI. Desta forma, eles forçaram a constituição da comissão nesta quinta (26).
Na hora da votação, as bancadas do PT e do PL (leia-se Tubias Callil) se indignaram e não indicaram nenhum nome. As bancadas do governo, como esperado, aproveitaram para indicar dois de seus membros (Badke e Cechin) e assumiram o controle da investigação. Desta forma, eles isolam Tubias na CPI que ele mesmo havia protocolado.
“Apenas antes de encerrar, quero informar que o ocorrido aqui, de fato, ultrapassou os limites”, disse Tubias após longas horas de embates na sessão.
Os vereadores que participaram da manobra regimental do governo para controlar a CPI da Corsan e assinaram o requerimento para formação do colegiado nesta quinta (26) são: Alexandre Vargas (Republicanos), Rudinei Rodrigues (MDB), Tony Oliveira (Podemos), Luiz Carlos Fort (PP), João Ricardo Vargas (PL), Admar Pozzobom (PSDB), Adelar Vargas (MDB), Givago Ribeiro (PSDB), Guilherme Badke (Republicanos) e Lorenzo Pichinin (PSDB).
Como as bancadas votaram formação da CPI:
PT: Não indicou ninguém
PSDB: Guilherme Badke
MDB: Sérgio Cechin
UB: Sérgio Cechin
Republicanos: Guilherme Badke
PDT: Tubias Callil
Podemos: Sérgio Cechin
PL: Não indicou ninguém
Novo: Guilherme Badke
PP: Sérgio Cechin
So para ver como a cidade esta lascada. Alternativa para Pessimo e dona Madruga era Aideti. Corsan tem problemas e não serão resolvidos por CPI, obvio. Mas enquanto as patotinhas tiverem as redeas da urb nada vai para frente. CPI anterior não chegou a pizza, esta vai. È de desconfiar que ausencia de Werner e Alice não foi mera coincidência.