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Cláudio Rosa responde à Irmã Lourdes. E cobra dela e da Prefeitura

O vereador Cláudio Rosa, do PMDB, divulgou agora há pouco uma “nota de esclarecimento”. Nela, responde a declarações feitas pela irmã Lourdes Dill, coordenadora do projeto Esperança/Cooesperança, da diocese católica de Santa Maria. Leia, a seguir, a íntegra da nota e, mais embaixo, a opinião deste jornalista.

“Sobre o Horto Municipal
Em relação às declarações da Irmã Lourdes Dilll, realizadas no Programa Pampa Meio-dia (TV Pampa), no dia três de abril, esclareço:
A ligação que temos com o Horto Municipal é referente à visita que fizemos, juntamente com outros vereadores, apenas quando fomos procurados pelas pessoas que se encontram no local. Nossa ida ao Horto teve como objetivo intermediar uma negociação para melhorar as condições das pessoas que denunciaram a situação de abandono em que se encontram.
Nosso trabalho vem se destacando pela defesa dos interesses da comunidade.
Para efetivar o funcionamento de um Galpão de Reciclagem junto à área do Lixão apresentamos à Prefeitura, em julho de 2005, um projeto que trazia como proposta a construção de esteiras para triagem de resíduos sólidos, o que constituiria uma alternativa de geração de emprego e renda e permitiria que as pessoas continuassem trabalhando com segurança no local.
Estamos atuando na luta pela construção do Hospital Regional, uma obra de fundamental importância tanto para a saúde, quanto para a geração de empregos, que podem chegar a mais de mil. Estamos trabalhando para que a cidade tenha um Parque Tradicionalista, o que vai gerar novos empregos.
Fui relator do Plano Diretor de Santa Maria, que pode ser considerado o projeto mais importante para a cidade nos últimos 25 anos. Integrei a Comissão Especial que modificou a Lei de Incentivos, o que permitiu a vinda da Parati Alimentos, Raízes, Ulbra e outras cinco universidades para o município. E, ainda, criamos uma Comissão para discutir a construção de um novo presídio.
O primeiro projeto de Lei para criação do Serviço de Moto-Táxi e o projeto de regulamentação dos vendedores de cachorro-quente também foram de nossa autoria. Com essas duas iniciativas contribuímos para melhorar o trabalho de mais de 700 pessoas.
Cabe destacar que, ao contrário do que Irmã Lourdes afirmou, nunca mencionamos o nome de Dom Ivo Lorscheiter, pessoa pela qual mantemos profunda admiração e respeito, em razão de tudo o que já fez e ainda vem fazendo pela nossa cidade.
Causa-nos estranheza que uma religiosa vá a público proferir um discurso repleto de mentiras e acusações pessoais, que em nada contribui para solucionar o problema dos trabalhadores do Horto Municipal. Diante da situação, cabe afirmar que os ataques pessoais a nós dirigidos servem apenas para desviar o foco da discussão.
A fome e a miséria das pessoas que lá se encontram não serão terminadas enquanto não forem apresentadas soluções que saiam do papel. Por isso, cobramos publicamente, por parte da Prefeitura e da Sra. Irmã Lourdes, uma solução concreta e viável.
Cláudio Francisco Pereira da Rosa
Presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Serviços Públicos”

COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: A grande verdade é que, quem fala o que quer (e, não raro, sem pensar) ouve o que não quer. Não pretendo, nem vou, entrar no mérito. Afinal, como escrevi na coluna Observatório, no jornal A Razão do final de semana, e reproduzida aqui, antes do meio dia de sábado, a impressão que passa é que a questão dos catadores “pouco se me dᔠa quem quer que seja.
O que não disse, e não escrevi (e escrevo agora), é que parece cada vez mais cristalino que os que estão no Horto e fora dele estão servindo apenas de massa de manobra. E que cada um tire sua própria conclusão. Está na ata da sessão da câmara, por exemplo, a expressão “canalha”, utilizada por Cláudio Rosa. Isso é lá termo de se utilizar? É, no mínimo, indecorosa. O que não quer dizer que a crítica não deva ser feita. O problema (que, dependendo de quem ouve, pode ser uma virtude) do vereador é falar demais e muito alto. Ao ponte dele próprio não se escutar. Achando que, assim, estará sendo autêntico. Não está. Apenas se configura como praticante de uma arte bem politicamente brasileira: a demagogia. Por mais que cheio de boas intenções.
Quanto à nota em si, é absolutamente civilizada. Pena que não seja esta a prática retórica na Tribuna da Câmara. Se bem que, nesse caso específico, ele não é o único. Há os que são exatamente como ele – na oposição. E no governo. Com e sem cargo. No Legislativo e fora dele.

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