Antes de mais nada, deixo claro: gosto de Pedro Simon. Respeito a trajetória dele, de defesa das liberdades democráticas quando elas não existiam e a coragem se impunha. Ele a teve de sobra. Votei nele. Mais de uma vez, aliás. Eram outros tempos, embora nem tão distantes.
Dito isto, esclareçamos outro fato: hoje, poucos levam a sério o senador. Nem falo do PMDB nacional, que faz muito não dá mais pelota pra Simon. Falo do peemedebismo regional, onde ele perde a cada dia mais espaço, por razões que não cabem nesta nota (embora talvez mereçam, noutra, em momento diverso). Mas me refiro, sobretudo, a todos os demais que sempre gostaram de Simon e que hoje só o ouvem por respeito aos mais velhos.
Como reverenciar o cara que acha que no Rio Grande não tem corrupção alguma, que ninguém já foi condenado, muito menos investigado. Que não existiu Operação Rodin, embora ela tenha gerado um punhado de denunciados ora em julgamento pela Justiça Federal. E que, por sua omissão verba, se deduz, não há suspeitas rondando companheiros, por obra e graça do trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Sim, creia: Simon não dá um pio a propósito disso.
Ok, entenda-se. O homem resolveu calar-se, quem sabe com a vergonha de muitos. É até possível aceitar isso, embora não se concorde. Mas então que não se cala sobre a corrupção “alheia”? E é isso, exatamente isso, que faz com que Pedro Simon seja menos do que já foi. Afinal, se é para falar do DEM do Distrito Federal, porque não também das mazelas gaúchas? Hein? Por favor, senador, fica quieto. Ou fale tudo.
Ah, sobre o vitupério simoniano acerca da confusão brasiliense, confira material distribuído pela Agência Senado, com fotos de José Cruz e Valter Campanato, da ABr (protesto). A seguir:
“Simon pede a estudantes que continuem a protestar contra a corrupção em Brasília
Os estudantes devem continuar saindo às ruas para protestar, de forma pacífica, contra a corrupção em Brasília. O pedido foi feito da tribuna nesta sexta-feira (11) pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS).
Para ele, “a brutal” reação da Polícia Militar, que usou até a cavalaria para dissolver a manifestação dos estudantes na última quarta-feira (9) em frente ao Palácio do Buriti, não deve assustar os estudantes.
– Pelo contrário. A ação repressiva da Polícia Militar tem de tudo para servir de estímulo para que os jovens continuem saindo às ruas na luta contra a corrupção – resumiu o senador.
Pedro Simon estranhou a ausência nos protestos da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da militância da Central Única dos Trabalhadores (CUT). O senador também pediu o afastamento do comandante da Polícia Militar do Distrito Federal em face da reação brutal dos policiais contra um movimento pacífico dos estudantes…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e distribuídas pela Agência Senado.
Não faça isso Tiago! Idade não é motivo para recuos, pense em Floretã Fernanades,João Amazonas,TeotonioVilela,Fernanda Montenegro,Cora Coralina…..O Pedro Simon já faz muito tempo que mostrou o seu lado ,pergunte aos professores estaduais.
Sem preconceito com os mais velhos, afinal sou um militante da antiga hehehehehehe.
é meus amigos a idade pega! ninguem é imortal, só que o nosso ilustre senador não deixa ESPAÇO e acha que a política tem q durar até a morte, foi um senador de respeito a muito tempo atrás mas hoje não passa de um fantoche de um partido que não existe mais e se perde nas asneiras e lembranças de uma realidade que nossos pais viveram e mesmo assim não a inflamaram como o ilustre senador ainda faz!
Vamos ver qual será a próxima!
Creio que a, digamos assim, utilidade do sr.Pedro Simon venceu com o término da Ditadura Militar, período onde realmente se destacou pela retórica, discursos e até coragem no enfrentamento do regime.Depois disso, pouco a pouco, foi se transformando nessa figura patética e inútil, um abajur no Senado. Aceso ou não, ninguém acha falta.Há muito ele está vivendo só da “fama”, pois nada de prático ou efetivamente útil tem feito pelo Estado ou País.E o pior, não se deu conta disso.Não soube a hora de parar.Pior ainda, enxerga sujeira só no tapete da vizinhança.A imundície que assola o seu território parece não existir para o nobre Senador.Lamentável.Um abraço.
Infelizmente o Senador só faz teatro ultimamente,são discursos inflamados cheios de retórica e muitas vezes oportunista e vazios de conteúdo,isso não quer dizer que desconsidero sua história mas hoje ele cega o PMDB gaúcho.