QUE DUBAI, QUE NADA! Indústria brasileira não está nem aí para a crise internacional

Semana passada, um grande conglomerado privado de Dubai, nos Emirados Árabes anunciou moratória de algo parecido com 58 bilhões de dólares (um quarto das reservas internacionais brasileiras, para se ter uma idéia). Foi o famoso “sim, devo, mas não tenho dinheiro e pago quando e como puder”. O alvoroço se instalou, especialmente na Europa, onde se encontra a maioria dos bancos credores. Mas também ouve solavancos em outras partes do planeta. A própria Bolsa de Valores de São Paulo experimentou o problema, ainda que num único dia.

E daí, o que isso significa? Para alguns midiatas do apocalipse (que surgem nessas ocasiões e em outras também) era o recomeço do caos. Pooois é. Mas esqueceram de contar para quem produz. Olha o ânimo dos industriais brasileiros em relação ao futuro, conforme levantamento habitual (e que teve os dados mais recentes divulgados nesta segunda-feira) da insuspeita Fundação Getúlio Vargas. O material é da Agência Brasil, com texto de Marli Moreira. Confira:

“Confiança da indústria na economia tem décima alta consecutiva

A Fundação Getulio Vargas (FGV) constatou, pela décima vez consecutiva, alta no Índice de Confiança da Indústria (ICI), que apresentou variação de 2,4% em novembro ante outubro. Numa escala de zero a 200, a percepção otimista alcançou 109,6 pontos ante 107. É o maior nível desde agosto do ano passado (113,3 pontos).

De acordo com a análise técnica da FGV, o resultado indica que a recuperação do setor está consolidada, após a crise financeira internacional. Em relação ao resultado de igual mês de 2008, quando as atividades da indústria já estavam sob o efeito da crise, houve elevação de 35%, na maior alta desde julho de 2004 (42,4%) nesse tipo de comparação…”

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