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Em Santa Maria, a direita não é órfã de representação – por Giuseppe Riesgo

“Não queremos nem devemos apostar em velhos receituários...”

Há uma icônica frase, no meio liberal, que costuma volta e meia a ser evocada: “No Brasil, não há direita. Eu sou um órfão político”. A máxima é atribuída ao economista Alexandre Schwartsman, que já foi diretor do Banco Central. Se lida tal frase, até pouco tempo atrás, ela encontraria certa verdade. Acontece que, hoje, felizmente essa realidade ficou para trás. Temos uma direita atuante, resiliente e engajada aos anseios de uma sociedade que clama por respeito às liberdades individuais.

Posso dizer, sem qualquer receio ou constrangimento, que tenho lado e posição bem definidos e conhecidos: sou da direita. Em 12 meses da volta do lulopetismo já sentimos os reflexos de uma crise, instaurada, e que se agravará substancialmente. Santa Maria, com o que já tem consolidado e garantido na sua economia (a “indústria do contracheque”, pujantes setores do comércio e dos serviços), tem uma certa “gordura para queimar”. Mas infelizmente ela não está imune aos reflexos dos atos de um (des)governo. Temos de criar condições e mecanismos de defesa por meio uma máquina pública, que seja eficiente e enxuta, sem descumprir com metas fiscais e flertar com gastos excessivos e desnecessários.

Cabe à prefeitura valorizar, de forma justa e coerente, o servidor concursado, que é quem, de fato, representa o Estado (no caso municipal). E assegurar com que os tributos cobrados, que não são poucos, se revertam em serviços de qualidade ao contribuinte. Não queremos nem devemos apostar em velhos receituários que já estão fora de prescrição. A política, bem como o trato com a coisa pública, mudou. Felizmente.

Valorizar quadros qualificados. E não currículos partidários. Essa é uma premissa que devemos buscar. Será que queremos mesmo fazer com que Santa Maria siga o exemplo do PT na era Lula 3.0, em que a regra é uma só: elevar os custos da máquina pública ao penalizar o trabalhador e a sociedade? Santa Maria não pode ser um “puxadinho” do que é o PT no governo federal em que saiu de 23 para 38 ministérios. Tudo devidamente pensado para acomodar a companheirada.

Santa Maria tem tempo, mas é, a partir de agora, que precisa pensar o que ela quer para o futuro: uma aventura ou um legado de responsabilidade com entrega e eficiência?

(*) Giuseppe Riesgo é ex-deputado estadual pelo partido Novo. Ele escreve no Site às quintas-feiras.

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4 Comentários

  1. Santa Maria tem a esquerda, a direita, o centro e as patotinhas. Que só querem se dar bem. É um microcosmo do que acontece na Republica (que é teorica). Vide resultados da ultima eleição. Tucanos e petistas juntos. A tendencia é repetir. Direita tem que acertar na nominada do Casarão. Alas, Aideti e Farret quase certo. Pessimo é a continuidade de Nãosoubom, muita publicidade e pouco serviço. Faturam em cima de contrutoras que fazem obras de ‘compensação’, vide Calçadão e Saldanha Marinho. Sem esquecer os eventos e as muitas promessas. No MDB Tres Reais, outro gringo a la Nãosoubom, muito marketing e pouca seriedade. Prognostico? Em Santa Maria não mudam nem as moscas.

  2. ‘[…] pujantes setores do comércio […]’. Um bando de escorados, Existe um certo isolamento da urb, tentam uma ‘reserva de mercado’. Tem gente que se diz ‘de direita’, fala mal do governo de esquerda, mas senta a pua nos bancos. Qual o busilis? Afegão medio tem baixa instrução e baixa produtividade. Salario não permite muito consumo (o que é ruim para os ‘pujantes’). Governo Central quer que os juros fiquem baixos, independentemente da conjuntura, para que o credito suplemente a renda. Que permite mais consumo, que é bom para os ‘pujantes’. Que só pensam no proprio bolso. Donde se chega no chavão, ‘é a educação’, que é muito falada e pouco alterada. Alas, curso de engenharia e veterinaria em EAD já andam por ai. Baixo custo. O que poderia dar errado?

  3. ‘Temos uma direita atuante, resiliente e engajada aos anseios de uma sociedade que clama por respeito às liberdades individuais.’ Que é encurralada todos os dias pelo acordão entre o STF e o governo. O que o governo de esquerda não consegue aprovar no Congresso, até porque fica caro, uma ação no Supremo resolve. Basta usar os puxadinhos para não ficar muito na cara. Sapo Dino foi para onde foi para isto também. Tudo muito ‘democratico’. Alas, Xandão tem ‘inimigos’. Qual integrante de Suprema Corte de outro pais fala para a imprensa em ‘inimigos’?

  4. Em tempo. Velhos receituários. Molusco com L., abstemio, honesto e famigerado dirigente petista. “Se for necessário este país fazer o endividamento para crescer, qual é o problema? Qual o problema de você fazer uma dívida para produzir ativos produtivos para este país?” Obvio que não existe relação direta entre divida e crescimento. Existe um bando de cabeças de bagre no meio do caminho (a corrupção é ‘só’ uns 5%). Grande problema é divida sem o crescimento depois. Com a incomPeTencia o risco é grande. ‘Ativos produtivos’ também é problema. Quem escolhe não são os tecnicos, são politicos interessados na beirada e no retorno eleitoral. Que vem com muita publicidade, ou seja, midia tradicional está no bolso. Vide RS, é ‘chip’ para cá e ‘chip’ para lá, ficam jogando dinheiro publico fora em cima de sucata. Alas, rombo nas contas publicas e ninguém ve onde está indo o dinheiro. Vide Argentina.

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