Coluna Observatório. Acordo cumprido? Não é beeeem assim
A seção Luneta
Houve quem festejasse o fato de, pela primeira vez em décadas, um acordo político para a direção da Câmara de Vereadores, sobreviver a quatro eleições.
Devagar com o andor. Não é beeeem assim, nem agora. Afinal, no primeiro dos quatro anos, eram só sete os acordantes. Entre eles, Isaias Romero.
Agora, continuam sendo sete. Mas Romero está fora. Quem está dentro é Ovídio Mayer, do PTB. Que aderiu no segundo ano.
Tubias Calil, do PMDB, e Sérgio Cechin, do PP, fizeram questão de declarar o voto, no pleito para a Mesa Diretora da Câmara.
Ambos enalteceram, em alto e bom tom, o frentão para 2008, numa alusão à candidatura de Cezar Schirmer (e José Farret?) para a prefeitura.
Detalhe: Jorge Pozzobom até pode estar pensando do mesmo jeito. É provável que sim. Mas não fez o mesmo gesto eloqüente dos dois parceiros.
Situação desconfortável, meeeesmo, foi a de Isaias Romero. Era visível que gostaria de cumprir o acordo que o tornou presidente da Câmara. Tinha uma dívida de gratidão com seus parceiros.
No entanto, decidiu aceitar o enquadramento do PMDB (e ele tinha outra solução?) e recusou a pecha de traidor.
Chegou a ser engraçado ouvir alguns discursos de peemedebistas elogiando Romero. O de JC Maciel da Silva, inclusive, foi fantástico. Ele mudou bastante de opinião, de um ano para outro.
Em 2006, Da Silva foi o único (em 14) a não votar no presidente do Legislativo para 2007. Se bem que mudar de opinião não é pecado.
Alguém tem dúvida que a municipalização da Casa de Saúde (e, antes, a solução encontrada para faze-la voltar a funcionar, sob gestão do Hospital de Caridade) foi o fato político do ano?
Aliás, por conta da necessidade de um novo convênio, o recesso do Legislativo deve ser levantado. E outros projetos urgentes acrescentados à pauta. Pode escrever.
A todos quantos (e não foram poucos) enviaram, à coluna e ao colunista, mensagens de boas festas e, especialmente, um excelente 2008, a retribuição é sincera e na mesma medida.
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