ECONOMIA SOLIDÁRIA. Em debate, criação de selo para produtos e empreendimentos
O material a seguir foi produzido pela assessoria de imprensa do 1° Fórum Social Mundial e da 1ª Feira Mundial da Economia Solidária. Texto e foto são da jornalista Daiani Ferrari. Confira:
“Selo para validar e recomendar empreendimentos da economia solidária
Entre os debates do Fórum Social de Economia Solidária foi discutida a necessidade de existir produção e consumo solidário e falou-se sobre a necessidade de uma identidade dos empreendimentos, não sendo a forma jurídica que os define, mas sim sua área de atuação, relação com o meio ambiente. Também foi debatida a construção de um sistema nacional de comércio justo e solidário.
Um dos mecanismos de construção de uma identidade é a criação de um selo que qualifique o empreendimento, não o produto, visto seu imenso número de variedades. Este dispositivo de qualificação seria utilizado através de um conceito político, demonstrando as práticas desenvolvidas para sua produção e destacando a caminhada da economia solidária. No Fórum Brasileiro de Economia Solidária de Minas Gerais essa discussão já está adiantada, estando na pauta desde 2005, a partir de uma lei estadual. Marcio Lima, do Fórum mineiro, falou sobre a necessidade de estabelecer um padrão para a implantação dos selos, uma regulação feita via Fórum Brasileiro de Economia Solidária. “Para 2010, algo imprescindível é a questão do diálogo sobre o selo dentro de um processo nacional. Temos que ver de que maneira conseguiremos fazer a confluência de ideias, como levar a discussão aos fóruns regionais e ao interior do Estado, para depois ver como a iniciativa se forma enquanto política pública junto aos governos”, frisou.
Um ponto importante destacado por Lima é esquecer que o processo de construção deve ser feito de forma participativa, com os indivíduos sendo protagonistas na construção de propostas e consolidação de ações. O representante do Fórum paulista, Léo Pinho, salientou a importância da iniciativa, embora no Estado de São Paulo as dificuldades sejam maiores, já que existe um processo de não reconhecimento da economia solidária. Daniel Tygel, do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, explicou como está o processo e a ideia que a entidade central tem sobre o Selo Ecosol Rede Ecovida, como o fato de que serão os fóruns estaduais que validarão os selos e empreendimentos. Serão critérios de validação dentro de uma diversidade cultural, onde cada fórum estadual valida seu selo, mas seguindo critérios estabelecidos pelo fórum nacional.
“O Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário não valida empreendimentos, ele valida articulações regionais, que por sua vez, vão validar os empreendimentos de suas regiões”, argumentou. Daniel completou dizendo que ainda faltam muitas discussões para que o selo seja nacionalmente implantado, embora existam estados com debates mais consistentes que outros. Mas, segundo Tygel, estar discutindo um tema como esse já mostra que a economia solidária está em um patamar que não precisa mais se reafirmar, “ela precisa avançar mais ainda”.
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