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ANÚNCIO, HOJE (2). Ok, Pozzobom vai à Assembléia. Quem ganha com a decisão do tucano

Deixemos de lado o tal acordo (citado em nota anterior, logo abaixo) que teria sido feito antes da eleição de 2008. Segundo se diz, acertou-se, então, que o governo a ser ungido em outubro trabalharia para garantir duas vagas na Assembléia Legislativa e uma na Câmara dos Deputados. As primeiras para o vice-prefeito e secretário de Saúde, José Farret (PP), e para o vereador e secretário de Esportes Tubias Calil (PMDB). Não haveria problema algum, pois há consenso (ou pelo menos havia) em torno do fato de o eleitorado de ambos ser distinto. Não há choque, portanto. Já para Brasília, o nome único a ser trabalhado politicamente era o de Jorge Pozzobom (PSDB).

Afastemos isso, neste momento. Até porque não há remédio, a partir do anúncio a ser feito esta tarde, de que o tucano será mesmo candidato ao legislativo gaúcho, e não ao federal. Se houve acordo e foi ou não cumprido, é assunto que interessa diretamente ao PP, ao PMDB e ao PSDB, afora as pessoas envolvidas. E que terá suas repercussões, digamos assim, estratégicas. Fiquemos apenas com o efeito imediato da mudança de rumo de Pozzobom.

Depois do próprio tucano, petista Pimenta entre os que mais têm a ganhar (foto de Luzilene Pimentel)

E, assim, cabe a pergunta: quem ganha e quem perde com a decisão de Pozzobom? É possível que, após recolhidos os votos da urna, se chegue a uma conclusão diferente. Mas, avaliado o fato com cinco meses de antecedência, e com base até nas manifestações dos militantes graduados de todas as agremiações, a resposta não é tão difícil. E, com base no que se leu, ouviu e viu nos últimos dias, se pode dizer o seguinte, o mais objetivamente possível:

OS QUE GANHAM:

1) Jorge Pozzobom: se, como candidato a deputado federal, pelo PSDB, se estimava que a necessidade era de, no mínimo, 70 mil votos, algo muito difícil de ser atingido sem coligação com PP e PPS, e praticamente impossível com a aliança a ser formalizada; agora, para a Assembléia Legislativa, esse número baixa para 40 mil – talvez um pouco menos.

2) Paulo Pimenta e Fabiano Pereira: ainda que o tucano talvez pretendesse que assim fosse, o voto nele não é totalmente ideológico. Aliás, é possível que a intenção de votar em Pozzobom passe muito longe do discurso anti-PT, por exemplo. Dito isto, a dupla de petistas tem boas chances de trazer para si o apoio, digamos, “santa-mariense”.

3) Forasteiros do PP e do PMDB: é isso mesmo. Militantes pepistas e peemedebistas, não muitos talvez, mas um número considerável, estavam dispostom a embarcar na canoa de Pozzobom. Mesmo que por solidariedade ou, quem sabe, em cumprimento ao tal acordo de 2008. Agora, estão liberados de vez para fazer campanha para, entre outros, Osmar Terra e Eliseu Padilha, ambos do PMDB, Luiz Carlos Heinze e Afonso Hahm, do PP. Estes, e alguns outros também, se tinham uma determinada expectativa, ela com certeza será ampliada agora. Também ganha com isso.

4) Nelson Marchezan Jr: o tucano, hoje deputado estadual e que tem fortes vinculações em Santa Maria (e região) era um rival interno de bom tamanho para Pozzobom. E que, agora, tem caminho aberto para ser o único nome do PSDB na cidade, para a Câmara dos Deputados. E isso significará uma quantidade de votos hoje ainda impossível de prever. Mas que tende a não ser pequena.

4) Os demais candidatos de Santa Maria: provavelmente em menor grau, inclusive pela quantidade menor de militantes e estrutura mais limitada, mas ainda assim poderão levar parte dos votos que seriam destinados a Jorge Pozzobom, os outros três nomes da cidade que se apresentam ao eleitorado. No caso, Marcelo Bisogno (PDT), Ronaldo Pippi (PSB) e Nehita Soares (PSOL).

– segue –

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Um Comentário

  1. “Pozzobon está certo foi traído pelo Schirmer e Tubias,deve ir a estadual mesmo ..vai se eleger..não de encolhe Pozzobon?

  2. Também gostaria de completar a lista:
    6) A Câmara dos Deputados. (NOTA DO EDITOR: o comentário veio assim mesmo. Não entendi. Qual o nome (ou nomes) a ser acrescentado??? Trata-se de informação relevante, por certo)

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