ELEIÇÕES 2010. Com a retirada de Farret, destino de Pozzobom é o grande enigma

Como você leu AQUI ontem de manhã, José Farret, confirmando a primeira nota a respeito, PUBLICADA em 5 de março, se retira da disputa eleitoral de 2010. Ao mesmo tempo, segue secretário de Saúde e abre caminho para um novo nome para representar o Partido Progressista na disputa por uma vaga na Assembléia Legislativa. E que, salvo um terremoto, deverá ser o da vereadora Sandra Rebelato.

Mas a decisão do vice-prefeito e titular da pasta da Saúde provoca outros desdobramentos. Um é óbvio: se o prefeito Cezar Schirmer pretendia fazer modificações profundas (como fontes próximas a ele deixaram escapar) no setor liderado por Farret, terá que mudar provisoriamente de idéia. Ou até arquivá-la, para evitar um problema político de graves proporções na coalizão governista. Outro talvez seja inesperado: a possível atitude a ser tomada pelo tucano Jorge Pozzobom, secretário de Relações Institucionais, e (até o momento) candidato a deputado federal.

Hoje, o líder do PSDB se exonera do cargo. Deverá ir ao Centro Administrativo e, segundo fui informado, pretende se despedir de tantos servidores quanto for possível, para agradecer o empenho demonstrado nos “450 dias em que esteve no governo”. E depois, o que acontecerá? Trata-se, creia, de um enigma por enquanto indecifrado.

Conversei ontem à noitinha com Pozzobom. A impressão que tive, embora o esforço verbal do ainda secretário, é que ele está, digamos, inquieto. Não daquele arroubo que todos se acostumaram a perceber nele. Não. É outro, de natureza nervosa, se é que dá para assim dizer.

À pergunta necessária – existe possibilidade de mudar de rumo, trocando a candidatura a deputado federal pela de estadual? -, face ao que se leu nos jornais, Pozzobom apenas disse duas coisas. Uma: é evidente que há um quadro novo, a partir da decisão do vice-prefeito José Farret. Outra: antes de tomar uma decisão, “conversarei com meu povo, do PSDB, e com a governadora Yeda Crusius, com quem contratualizei algumas questões”.

O que isso significa? Pode ser qualquer coisa, cá entre nós. Inclusive continuar tudo como está. No entanto, ele está chateado – e isso é apenas uma percepção claudemiriana, já que o tucano se recusou a confirmar ou desmentir. Por exemplo: até ontem à noite ao menos, não havia sido chamado pelo prefeito para conversar sobre seu substituto na secretaria de Relações Institucionais. Schirmer, em contato a respeito, havido há um mês, disse que isso seria tratado no momento oportuno e que conversaria com ele, Pozzobom. Nesse meio tempo, entre outras coisas, o secretário soube através da coluna OBSERVATÓRIO, que a idéia do comandante do Executivo é “agregar funções às atuais, da pasta ocupada pelo tucano”.

Então, o que dizer? Seeei lá. Exceto que, como diz o título desta nota, Jorge Pozzobom, de uma hora para outra, virou o grande enigma da política santa-mariense em relação ao pleito de outubro.

EM TEMPO: aparentemente, um interino será nomeado para a pasta de Relações Institucionais. Pozzobom não negou sua preferência por Nilton Jacaré, primeiro suplente da Câmara, a quem gostaria de ver no secretariado ou no Legislativo – nesse caso, seu irmão, Admar Pozzobom, é que seria o secretário.

E em relação à Secretaria de Esporte, até pelo titular ser do mesmo partido do prefeito, se nota que haverá mais facilidade, em princípio, de uma solução. O PMDB não esconde que gostaria de ver Cláudio Rosa no cargo, pois o titular, Tubias Calil, volta à Câmara já na próxima segunda-feira. Mas também acerca disso, pude apurar, até o início da noite de ontem não havia sido definido.

Que fazer? Aguardar, ora. O juiz do tempo é o prefeito Cezar Schirmer. Logo…

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