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TRÂNSITO. Para ajudar a resolver problema, empresários querem incentivo aos edifícios-garagem

Pode até não ser a solução definitiva. Mas ao menos é uma atitude concreta. No caso, a iniciativa da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), que propõem seja criada uma lei que incentive a construção de edifícios-garagem. Eles poderiam, ao menos, desafogar o tráfego absolutamente caótico, visível no centro da cidade.

Garagem Rio Negro, pioneira: 150 vagas disponíveis

A proposta é esmiuçada, e conta com a opinião de várias pessoas, numa interessante reportagem publicada originalmente na “news” que a entidade distribui semanalmente aos seus associados via internet. Vale a pena conferir. O texto é de Letícia Sarturi Isaia, com foto de Maiara Bersch. A seguir:

CACISM busca incentivos para edifícios-garagem

Entidade propõe projeto de lei com estímulos fiscais e urbanísticos ao estacionamento

Uma problemática comum em cidades marcadas pelo crescimento urbano é o trânsito. O excesso de veículos e falta de vagas nos estacionamentos são problemas causados pelo desenvolvimento urbano. Os desafios do tráfego são sentidos com mais intensidade pelos motoristas que circulam pela região central das cidades. Em Santa Maria, a realidade é a mesma. Para amenizar esse saturamento viário, a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (CACISM) propôs a criação de edifícios-garagem em ruas do Centro.

Conforme o vice-presidente de Indústria da CACISM e presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Santa Maria (SINDUSCON), Luiz Fernando Pacheco, a implantação de garagens para veículos gera mais vagas de estacionamento e pode resultar em um trânsito que flua com mais qualidade. A cada mês, a frota de veículos circulando pelas ruas aumenta, em média, 600 unidades. Um número considerado pela entidade como incompatível quanto aos espaços públicos destinados para o estacionamento.

Através de uma proposta de Projeto de Lei enviado à prefeitura, a entidade busca dois tipos de incentivos municipais que atraiam as construtoras para investirem no empreendimento. Os estímulos fiscais concederiam isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), ambos por um período de dez anos, da taxa de coleta de lixo e do pagamento de emolumentos municipais para a aprovação e licença de construção.  Já os urbanísticos estipulam medidas relacionadas ao espaço urbano ocupado pelo edifício-garagem.

Independentemente de a administração municipal dispor desses benefícios, os prédios só podem ser construídos se os empresários tiverem interesse na obra. “Depende de a iniciativa privada mostrar interesse em financiar a construção dos edifícios”, explicou Pacheco. O prazo mínimo previsto para o uso do edifício é de 20 anos. O plano prevê que os comerciantes possam utilizar o pavimento térreo para executarem suas atividades e seus serviços.

O construtor Fernando Zamberlan considera o projeto interessante, mas suscita a criação de mais incentivos para os profissionais da área da construção. Vantagens que podem atrair o empresariado em diversos segmentos. “Não existe negócio sem estacionamento”, elucida Zamberlan quanto ao fato do comércio precisar de espaços que guardem os veículos dos clientes.

A proposta também aborda a retirada dos estacionamentos em um dos lados de vias urbanas. Os motivos seriam as larguras das ruas e os engarrafamentos. Esse, segundo Fernando Zamberlan, é um problema comum na cidade e agravado em períodos como nos finais da manhã e da tarde.

Os locais de construção dos edifícios garagem

A sugestão é de que os edifícios sejam construídos em um quadrado central contemplando as avenidas Borges de Medeiros e Medianeira e ruas como Euclides da Cunha e Silva Jardim. Pensando em um possível aumento do tráfego, seriam incentivadas as construções dos prédios em outros espaços como as ruas Tuiuti, Andradas, Benjamin Constant e Duque de Caxias.

O modelo de edifícios-garagem já é um conceito adotado em Santa Maria (veja texto específico mais abaixo), além de outros países e municípios tais o Recife, João Pessoa, Porto Alegre e Blumenau. O exemplo dessas localidades é reconhecido por alguns santa-marienses. O professor de história, Heltun Ferraz, 45 anos, conheceu o formato de estacionamento em Santa Catarina e acredita que se o projeto sair do papel, “desafogaria o tráfego”.

A possibilidade de aumentar o número de vagas disponíveis para os automóveis também é considerada válida pela psicóloga, Camila Aguiar, 22 anos, e a professora Sandra Suzana Maximowitz Silva, 34 anos. “Em Santa Maria carro é só para quem viaja. Para vir para o Centro é melhor pegar um ônibus”, elucida Camila.  Pela dificuldade em estacionar na região, Suzana optou em deixar o veículo em casa.

Décadas de serviços prestados a comunidade

O primeiro edifício-garagem de Santa Maria foi arquitetado há 40 anos a partir de uma necessidade da região onde está localizado e o aumento do número de veículos. Conforme a administradora do negócio, Alda Praetzel, a construção iniciou a partir da visão do proprietário do terreno que “concebeu a obra porque a indústria automobilística estava expandindo”. Na época, dois edifícios próximo à ele não tinham estacionamento. Hoje, os cinco pavimentos disponibilizam cerca de 150 vagas, utilizadas por pessoas que moram e trabalham na área.”

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