TUCANATO. Direção teme perder postos no governo municipal, com decisão pró-Assembléia de Pozzobom
Política é, também, assim que se faz. Pode-se não gostar. Mas… Parece evidente que o prefeito municipal (não necessariamente ele, mas quem o representa) foi pra cima da direção municipal do PSDB. Deixou clara a intenção de afastar o tucanato do governo, se confirmar-se o que deve ocorrer nos próximos dias: a decisão de Jorge Pozzobom concorrer à Assembléia Legislativa.
Essa é a dedução óbvia para o acontecido ao meio dia de ontem, no Restaurante Augusto, conforme REGISTRO da colega Jaqueline Silveira, na versão online do Diário de Santa Maria. O presidente da sigla, Vilmar Seixas, teria inclusive afirmado que, em confirmada a nova opção do ex-secretário, “quem estará rompendo com o prefeito é Pozzobom e não o PSDB.”
Até as pedras sabem que a influência de Seixas é decorrente da maior figura tucana na cidade. E é graças a Pozzobom que virou presidente do partido. Mas é ele, logicamente, que representa a sigla junto ao governo – que, obviamente, exerceu o legítimo direito de pressionar. Diante da situação, estariam em risco os cargos do PSDB no governo. Que, com a extinção iminente da pasta de Relações Institucionais (a ser açambarcada pelo Gabinete do Prefeito, como você lerá em nota posterior), se limita, em nível de primeiro escalão, à secretaria de Proteção Ambiental. Ela (e não muito mais) poderá ser perdida, a confirmar-se a, digamos, advertência governista.
Conversei rapidamente com Jorge Pozzobom ontem à noite. Ele procurou amenizar o que ocorrera algumas horas antes e disse acreditar que não haverá esse conflito todo. É. Pode ser. De todo modo, ainda que não lhe tenha perguntado, nada parece abalar o tucano mais proeminente na decisão que deve anunciar nos próximos dias – inclusive porque, ao contrário de qualquer outro no partido, é o que tem a principal matéria-prima da política, prestígio e voto.
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depois que o prefeito traiu o pozobom eo Dr farret perder algums cargos é fichinha.
Repito o que sempre pensei: ao se unirem em 2008, Schirmer, Farret e Pozzobom só o fizeram para ganhar a eleição para prefeito e não para administrar a cidade. O projeto deles era só eleitoral e não de gestão. Agora dá no que dá. Muita briga, desorganização e um racha inevitável. Quem perde: nós contribuintes.