TENDÊNCIA. O cara era Arruda. Agora, tucanos vão esperar por Aécio até além do último momento
Algumas coisas precisam ficar absolutamente claras, no episódio de formação das candidaturas à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva e José Alencar – presidente e vice do Brasil há quase oito anos. Uma delas é a que dá conta da existência de um bloco oposicionista bem visível, com feições conhecidas e partidos consolidados. Ele é composto de PSDB, DEM e PPS. Ponto. Da mesma forma que, do outro lado, o do governo, os partidos são PT e PMDB (com todas as suas divisões). Os demais, tanto nas proximidades de um quanto de outro bloco, são satélites. Com maior ou menor brilho, mas menores, todos. Ponto.
Dito isto, no campo do governo (inclusive porque é governo, não é demais ressaltar), a situação parece mais que encaminhada. Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), salvo um extraordinário acidente de percurso, serão mesmo a dupla a defender o status quo.
O problema está na oposição. E chegou exatamente quando ruiu a (suposta) virgindade do DEM no que toca a corrupção, com a queda estrondosa de José Roberto Arruda, o único governador eleito pela sigla em 2006 e (embora queiram jogar isso pra baixo do tapete hoje, o que é da política) virtual parceiro de José Serra, o candidato a presidente pelo PSDB, o maior do bloco.
Desde o momento da queda de Arruda, que até no xilindró andou, os oposicionistas tastaveiam. Primeiro, aborreceram Aécio Neves, agora o querem. Aliás, há quem veja nele a única e última oportunidade de salvação. Não é por outra razão que vão esperar até depois do último momento. Inclusive após a realização das convenções definidoras das chapas.
Colocados esses pressupostos, alguns óbvios, outros nem tanto, fica até mais fácil (digo, sem falsa modéstia) a reportagem de Christiane Samarco, publicada n’O Estado de São Paulo. A foto (de arquivo) é de Valter Campanato, da Agência Brasil. Confira:
“Para Serra, vice pode ser definido após convenção
Dispostos a empreender esforço máximo para conquistar o “vice ideal” Aécio Neves, os tucanos vão levar a definição da chapa presidencial do PSDB ao último minuto do segundo tempo do jogo sucessório. O candidato tucano José Serra revelou ontem que está disposto a apresentar sua candidatura na convenção nacional de 12 de junho sem um vice escolhido.
Ele não vê problema em se lançar oficialmente candidato deixando o posto de vice em aberto, para uma definição posterior. Isto dará mais tempo aos tucanos para conquistar o ex-governador mineiro e, a Aécio, o prazo legal máximo de 30 de junho para aceitar a missão.
O tucanato acredita que há espaço para convencê-lo a desistir da eleição certa para o Senado e disputar a Presidência. Na avaliação de dirigentes do partido, o fundamental, também para Aécio, é a vitória do PSDB. Argumentam que de nada valeria ao mineiro uma cadeira de senador na derrota, se ele não tem perfil de líder da oposição e só poderia chegar à presidência da Casa, como sonha, em caso de vitória…”
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