Esporte

COPA 2010. Para um leitor, eliminação do time brasileiro era anunciada

Uma preliminar: este espaço não tem como mote o esporte, assim entendido o que acontece “dentro das quatro linhas” ou nas quadras ou nas pistas, etc. O esporte fooora das quatro linhas continuará merecendo atenção, como você verá em duas notas logo mais adiante, acima, inclusive uma opinião do sítio.

Pelas circunstâncias, porém, estou abrindo uma exceção para o leitor Fernando Stocho Costa. Quem quiser opinar, além dele, tem o espaço amplo de comentários completamente à disposição. Vamos ao que diz o Fernando, em correspondência eletrônica enviada ao sítio:

Eliminação anunciada

O fim da copa para o Brasil , foi um episódio que muitos antecipadamente, mesmo que sem saber, anunciaram a mais ou menos  sessenta dias atrás quando liam a lista de convocados pelo então técnico Dunga.

Qualquer cidadão brasileiro que goste o mínimo de futebol e entenda razoavelmente deste esporte ao contemplar nos jornais ou sites esportivos os nomes dos convocados pelo “professor” Dunga, veriam que estavam faltando jogadores com a capacidade de decidirem um jogo em apenas uma jogada, um lampejo. E foi exatamente destes jogadores que o técnico sentiu falta quando a sua seleção perdia o jogo de virada para o time holandês.

Jogadores com uma capacidade de com um drible, um toque, uma deixada, uma cobrança de falta, decidirem o jogo em favor da seleção canarinho.

 Gostaria de ter visto nesta copa, tão carente de nomes de verdadeira categoria, craques do nível de Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Lucas, Paulo Henrique Ganso, para citar só alguns. Tenho certeza de que Dunga não convocou os vinte e três que acabou levando para a disputa com o intuito de ser desclassificado nas quartas de final, mas é preciso dizer que o capitão do Tetra, falhou ao confiar em nomes como Kléberson, Felipe Mello, Júlio Batista entre outros que ocuparam seus lugares nesta seleção. Ao convocar estes jogadores, o nosso líder, deixou de considerar que o time que ele acabara de chamar, não estava sendo inscrito em um campeonato de meses, mas em um torneio em que seu elenco precisa ter recurso caso algo daquilo que foi planejado esteja saindo do controle. O Dunga esqueceu-se de que em 94 o Brasil do Parreira, tinha Bebeto e Romário, e mesmo assim contava com um menino de dezoito anos no banco de reservas que se fosse exigido estava pronto para fazer história, como fez anos mais tarde.

O Brasil, precisava de mais, Kaká, precisava de um ajudante na criação de jogadas, Robinho de um companheiro com as credenciais de Adriano “Imperador” na Itália, artilheiro e campeão do Brasileirão de 2009 com o limitado time do Flamengo que conquistou o campeonato graças aos gols do seu número 9. Em uma copa do mundo, uma seleção que quer conquistar o seu sexto título mundial necessita de jogadores com trajetória de grandes títulos, que sejam capazes de suportar uma pressão com o placar adverso e ainda busquem o gol com equilíbrio e organização. Não podemos permitir, por exemplo, que a camisa que foi consagrada por Falcão, seja vestida por um desequilibrado e irresponsável como vimos lamentavelmente acontecer nesta copa.

Temos que valorizar os jovens talentos e também confiar naqueles que tantas glórias já proporcionaram ao futebol brasileiro, sendo por vezes considerados melhores do mundo. É preciso olhar jogos de campeonatos nacionais e ver o tipo de pressão que alguns jovens jogadores suportam, não perdendo, contudo, sua capacidade de mudar a realidade das partidas quando seus times estão em momentos desfavoráveis.

Que esta lamentável desclassificação venha servir para “aconselhar” o próximo treinador da seleção brasileira e que este, dê ouvidos a realidade do futebol atual, que é um conjunto de organização e disciplina tática, somados a valores individuais que fazem o time adversário temer um contra-ataque, que fazem de um lance simples uma oportunidade de vitória e não o contrário.

Em 2014, queremos uma seleção com recursos individuais, centroavantes goleadores, meias de armação com habilidade superior, visão de jogo e liderança.

(a) Fernando Stocho Costa

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Um Comentário

  1. Falar sobre uma desclassificação “anunciada” é fácil. Qualquer “vidente” analisa após o jogo jogado. Se por acaso, o Felipe Mello não tivesse feito aquela burrada ao ser expulso, se o Julio César não falha e, se o Brasil se classifica, hoje teríamos muitos analistas de jogo jogado dizendo que o Felipe Melo era um gênio por ter dado aquela passe para o Robinho no primeiro gol.
    Não acho que o Dunga esteja imune de críticas, não acho que os jogadores estejam imune de críticas, mas o que me irrita é justamente é facilidade de as pessoas abusarem dos chavões para analisar os jogos do Brasil.
    Se apenas os valores individuais, a genialidade de alguns, ganhassem campeonato, então a seleção brasileira de 1982 teria sido a campeã. É preciso saber que um time precisa ter equilíbrio. Bons atacantes e meiocampistas criativos, mas também defensores de qualidade, formando um time com raça e brilho.
    Por último, afirmo que o que fez o Flamengo campeão em 2009 não foi exatamente o Adriano “el cachacero”, mas o talento criativo de um jogador de origem sérvia chamado Petkovic.

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