O VICE. Mas, afinal, quem é esse tal de Índio da Costa, que ninguém conhece direito?
O fato objetivo, afora a evidente atrapalhação, sem falar no amadorismo, acerca da escolha de Índio da Costa, do DEM, como parceiro de José Serra, do PSDB, na disputa pela Presidência da República, é que muita gente ligada ao tucanato e ao demismo ficou sem saber exatamente o que dizer. Isso se reflete inclusive na mídia amiga.
Um exemplo concreto é o colunista Merval Pereira, d’O Globo, que, SEGUNDO Luis Nassif, faz parte do esquadrão de militantes cariocas mais aguerridos na defesa de Serra, do PSDB. Agora, diante da escolha de Índio, do DEM/RJ, completamente desconhecido no restante do país, o discurso embaralhou. É? Pois então dá uma olhada (e leia) num trecho do que Pereira escreveu, nesta quinta-feira, em reprodução publicada pelo jornalista Ricardo Noblat. A seguir:
“Comédia de erros
A sucessão de trapalhadas que levou à escolha equivocada do deputado federal do DEM Indio da Costa como companheiro de chapa do tucano José Serra só demonstra como o PSDB não está preparado para uma disputa que poderia ser difícil para o governo – mesmo com toda a máquina voltada para a tarefa de eleger Dilma Rousseff, geralmente de maneira ilegal -, mas está sendo facilitada pelos erros do adversário…
… Indio da Costa, em seu primeiro mandato federal, supostamente foi escolhido por ser jovem e ter sido o relator do projeto Ficha Limpa, o que lhe daria uma boa imagem junto ao eleitorado.
Uma jogada marqueteira simplória, pois sua história política não tem a menor consistência para alçá-lo ao segundo posto mais importante na hierarquia política do país.
Nem ele parece preparado para assumir a Presidência da República em caso de necessidade, que é, afinal, para o que servem os vice-presidentes no Brasil. Fora disso, precisam “não trazer aporrinhação”, na definição do próprio Serra…
… O mais grave na escolha deste deputado federal de primeiro mandato é que ele não agrega um voto sequer à candidatura de Serra no Rio de Janeiro.
Como parte do grupo político do ex-prefeito Cesar Maia, ele foi “prefeitinho” de Jacarepaguá, assessor do gabinete do prefeito antes de ser secretário de Administração.
Eleito vereador três vezes, em 2006 chegou à Câmara.
Qualquer influência eleitoral que tenha está contabilizada no apoio que o DEM dá no Rio à candidatura Serra, em troca de o ex-prefeito Cesar Maia ser o candidato ao Senado da coligação.
A presença de Maia na chapa, aliás, já provocou uma crise com o Partido Verde, e, agora, o reforço de seu grupo na coligação está provocando reações na bancada do PSDB, onde se acusa o presidente do DEM, Rodrigo Maia, de ter trabalhado por essa solução para se livrar de um concorrente na disputa por vagas para deputado federal do Rio…”
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Prezado CLAUDEMIR,
por favor, como jornalista sério que tu és, corrija a informação: o RELATOR do Projeto FICHA LIMPA não é esse indiozinho aí, não, é o deputado JOSÉ EDUARDO CARDOZO,do PT-SP, ex-vereador mais votado da história de São Paulo e do Brasil e atual namorido da Manoela Dávila (PC do B-RS). Basta conferir no próprio corpo do projeto 168-D, de 1993 (pasmem!), aprovado na sessão da CCJ de 11 de maio de 2010.
Por último, o primeiro agraciado pela interpretação malemolente do ex- ministro do STF e ex-engavetador geral da república, meritíssimo Sr. Gilmar Mendes, foi o glorioso senador Heráclito Fortes…de quem? do DEM, claro!
Esse fato merceria, em minha opinião, um post no seu prestigioso blog! (NOTA DO EDITOR: quanto ao primeiro fato, ele foi referido desde a nota inicial acerca da indicação de Índio da Costa, do DEM, como candidato a vice-presidente, na aliança comandada por José Serra, do PSDB. Com relação ao segundo, a seção “Esquina Democrática” existe exatamente para que o leitor possa – entre outras questões sobre as quais queira se manifestar – levantar os assuntos eventualmente não tratados pelo editor, repórter, proprietário, faz-tudo deste sítio)