Artigos

Se o Bruno realmente for o culpado – por Daiani Ferrari

Não é nem de acreditar no caso do goleiro do Flamengo, Bruno. Uma pessoa que deve ter um salário ótimo, muito maior do que eu ganharia por uns, no mínimo, dez anos, com milhões de portas abertas e pode ser o responsável pela morte, se ela realmente estiver morta, da ex-namorada. Veja bem, não estou julgando muito menos condenando o goleiro. Estou me detendo nos fatos, que levam a crer que isso aconteceu.

Com a prisão de Bruno vêm os questionamentos sobre o porquê disso. Penso que o maior problema que ele poderia ter, se confirmada a paternidade, era a esposa e tudo nos faz pensar que ela já sabia da criança. Por que não assumir o filho? Acredito também na hipótese de que algo no encontro entre os envolvidos tenha dado errado, culminando na morte da moça e os suspeitos terem tentado corrigir um erro cometendo um maior ainda. Não sei, são suposições.

Chocou-me ver no noticiário depoimento em que o jovem de 17 anos conta que um dos envolvidos teria jogado a mão de Eliza para cachorros, tanto quanto me chocaram outros acontecimentos envolvendo mortes brutais noticiados pela mídia, que os escolheu para ser o foco de nossa atenção. Sem levar em consideração a imprensa sensacionalista, que só noticia isso (nem a Copa parece tão atrativa quanto o caso), repete coisas e dá tratamentos diversos para as pessoas – às vezes Eliza é ex-namorada e depois já é ex-amante, que me traz a conotação de destruidora de lares, esse caso é impressionante, traz coisas que eu não esperava. Agora até o pai da suposta vítima responde processo por estupro. Sem falar nas piadinhas do tipo, “o time do flamengo é bom, o goleiro é que mata”.

Ontem fui fazer fotos em uma vila de Santa Cruz que receberá intervenções do PAC e por lá vi várias crianças brincando na rua. Uma delas veio me cumprimentar e pedir para eu fazer uma fotografia sua. Falei um pouco com o menino e entrei no carro, quando o motorista comentou:

– Para ver, quando são crianças são uns amores, educadinhos e bonitinhos, mas depois de grande viram uns “anjinhos”. E como não virar levando em conta a realidade que vivem?”- falou, no meio da vila onde a pobreza toma conta.

Minha resposta foi automática.

– Tu estás enganado. A violência não é privilégio dos pobres e das vilas, basta ver o goleiro e tantos outros casos, como a riquinha que matou os pais.

Diante de tudo, só tenho uma pergunta: Por que tudo isso? Não tinha necessidade (se ele realmente for o culpado).

E ele já sofre com isso. Diz que sua chance de disputar a Copa do Mundo do Brasil acabou. Pois é.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo