É ASSIM, MESMO? Se vitoriosa, Dilma Rousseff poderá ter 60% de apoio no Senado
Fico a me perguntar (e isso se expressa na “cartola” do título desta nota) se, digamos, Ana Amélia Lemos se eleger, como é bastante provável, fará parte da “bancada da Dilma”? Ela, conta a história de sua vida, defende, antes de tudo, o agronegócio e, logo em seguida, a RBS. No entanto, o seu partido, o PP, é governista.
Exemplos como Ana Amélia (e nada contra ela, apenas uma constatação óbvia) longe estão de únicos. Aqui mesmo no Rio Grande, quem diz que Germano Rigotto, do PMDB, que também pode se eleger, será “dilmista”? E por aí, vai, no país inteiro.
Por isso, desconfio muito das previsões feitas com base apenas na filiação partidária do eventual senador eleito. Mas vale, claro, como informação relevante. Tanto que reproduzo a reportagem de Daniel Bramatti, publicada nesta terça-feira, n’O Estado de São Paulo. Confira:
“Se vencer, Dilma terá 3/5 do Senado
Pesquisas em 26 Estados e no Distrito Federal indicam que, no Senado, um eventual governo Dilma Rousseff terá votos suficientes para promover mudanças na Constituição – a chamada maioria qualificada.
Levantamentos recentes dos institutos Ibope e Datafolha mostram candidatos “dilmistas” em condições de conquistar de 38 a 46 das 54 vagas em disputa no Senado. Já a oposição elegeria de 8 a 16 representantes se a eleição fosse hoje.
Há outros 27 senadores, eleitos em 2006, que têm mais quatro anos de mandato – 14 de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e 13 aliados do presidente. Com a soma dos prováveis eleitos em 2010, uma eventual base de Dilma no Senado teria de 51 a 59 integrantes.
O quorum necessário para aprovar mudanças constitucionais é de três quintos do total de parlamentares – ou seja, 49 senadores.
A oposição a um eventual governo Dilma corre o risco de nem sequer conquistar 27 cadeiras – o mínimo necessário para aprovar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Bancadas. As pesquisas mostram que PMDB e PT se credenciam para eleger as maiores bancadas. Há doze peemedebistas entre os favoritos e outros três não muito distante dos líderes. Entre os petistas, dez estão na primeira ou na segunda posição. Outros cinco estão em terceiro lugar, mas com desvantagem de menos de cinco pontos porcentuais em relação ao segundo…”
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