ANÁLISE. Como será a campanha no segundo turno? Há quem preveja uma “guerra”
Ainda, embora oficialmente já tenha começado, é impossível antever como será o conjunto da campanha eleitoral para a Presidência da República, neste segundo turno. Os candidatos (e seus articuladores) oferecem alguns sinais. Mas, definitivamente, não parecem conclusivos, ainda.
De todo modo, análises prévias (sempre sujeitas a equívocos, mas que devem ser feitas) já estão disponíveis. Uma delas, e que entendo seja relevante, pela qualidade do autor, é a de Paulo Moreira Leite, lúcido colunista da revista Época, publicada pelas Organizações Globo.
É um texto que não exala exatamente otimismo em relação à civilidade dos protagonistas e, especialmente, seus aspones. Vale a pena conferir, de todo modo. A seguir:
“A guerra do segundo turno
O Brasil deve preparar-se para um segundo turno estranho, de pouca motivação entre eleitores, nenhum carisma entre candidatos – e um ânimo forçado entre os partidos.
Também não se deve esperar um debate de idéias, ao contrário do que imaginam vários eleitores que definiram seu voto pela esperança de assistir a um confronto mais claro de propostas na segunda fase.
Eu posso estar totalmente enganado mas será uma luta em torno de pegadinhas, lances de marketing, frases de efeito e assim por diante.
Cada um à sua maneira, Dilma e Serra são sobreviventes do primeiro turno.
Conseguiram chegar à segunda fase, irão monopolizar a campanha nas próximas semanas e a partir de 1 de janeiro, um dos dois estará no Planalto…”
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