CAMPANHA. Começa mobilização plural no Rio Grande em favor de Dilma. Até o PMDB está nela. Hein?

Pooois é. Trancado pela expressão (e ação, também) “imparcialidade ativa”, uma das prováveis causas da sova de votos que levou nas urnas, o PMDB ainda não consegue tomar uma posição clara acerca do que fará agora, no segundo turno. Aliás, o mais provável é que se mantenha quieto. Mas isso não significa, necessariamente, imobilidade dos militantes graduados.

Exemplo: um grupo, do qual o mais ativo é o deputado federal reeleito Osmar Terra (que muitos imaginam ministro da Saúde num eventual governo de José Serra), está fechado com o tucano desde sempre. Mas, e a base partidária? Aí a porca torce o rabo. Enquanto prefeitos, como o de Santa Maria, Cezar Schirmer, se recolhem (com todo o risco que isso implica), boa parte está engajada mesmo é na campanha de Dilma Rousseff.

Tanto isso é verdade que já participaram, inclusive, de reunião no início da semana, que visava a articulação de ações em favor da petista. Mas não apenas eles. Outros partidos, especialmente o PDT, também estavam na reunião, cujos resultados são relatados em reportagem publicada nesta quarta, pelo jornal eletrônico Sul 21. O texto é de Rachel Duarte. Acompanhe:

“Prefeitos retomam mobilização pró-Dilma no RS nesta quarta

Dois dias após o resultado das urnas apontar um segundo turno, o comitê pluripartidário da Dilma no Rio Grande do Sul se reuniu para manter a mobilização dos prefeitos na Região Metropolitana e interior. O encontro ocorreu no comitê da presidenciável, no Centro de Porto Alegre e também serviu para uma análise de erros e acertos. Foram definidas ainda, prioridades e sugestões que serão levadas à coordenação nacional da campanha da Dilma, nesta quarta-feira (06). O encarregado será o coordenador no RS, o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT), que reúne com os coordenadores dos demais estados e partidos da coligação, às 15 horas, em Brasília.

A reunião serviu para dar a arrancada da campanha eleitoral no segundo turno, que começa oficialmente na quinta-feira, dia 7. Mais de 30 prefeitos e vices estiveram presentes ao encontro. Compareceram também lideranças dos partidos aliados (PT, PCdoB, PPL, PSB e PDT) mais prefeitos, vereadores e militantes do PMDB, PTB e PP. O debate e a auto-avaliação foram feitos também pelo deputado federal e líder do governo Lula, Henrique Fontana (PT), o ex-governador Olívio Dutra (PT) e o presidente do PDT, Romildo Bolzan Jr.

O presidente trabalhista não aparecia no comitê desde o começo da campanha do primeiro turno, em razão do seu partido ter optado pela coligação com o PMDB ao governo do estado. Mais à vontade com a derrota do candidato José Fogaça (PMDB), ele alertou aos colegas prefeitos que além dos fatores de conjuntura que influenciaram no crescimento dos adversários de Dilma, a mobilização descansou com o favoritismo apontado nas pesquisas. “É preciso ter cuidado no segundo turno. A queda que Dilma teve no final da campanha merece uma discussão. Todos nós temos que perceber o que causou isso e fazer as ações para a campanha crescer”, disse aos colegas. À imprensa, Bolzan disse que “é necessária a manutenção das estruturas políticas que levaram à vitória da Dilma no Rio Grande do Sul…”

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