Eleições 2010Eleições 2012PartidosPrefeituraSanta Maria

COMEÇOU. Sim, em Santa Maria o assunto já é a eleição de 2012. E com três candidatos visíveis

É assim a política. Não dá muito tempo para ficar pensando, tem que agir. E rápido. O domingo já passou, é hora de curar feridas (em alguns casos, até mesmo cirurgias são necessárias) e partir pra outra. Que, no caso, é logo ali, em 2012 – quando elegeremos (ou reelegeremos) prefeito e 21 vereadores.

Assim, mesmo que apressadamente, já é possível tirar algumas conclusões do que aconteceu, tendo em vista o que ocorrerá em exatos dois anos. Para começar, o PMDB. Nem que não queira (e provavelmente quer), Cezar Schirmer está obrigado a concorrer à prefeitura. Pela singela razão de que não tem outro nome. Tubias Calil seria uma alternativa, um plano B – desde que se elegesse deputado. Pior: além de tudo, o partido terá que se refazer por inteiro, como você leu em nota imediatamente anterior a essa.

Pior ainda: se o pleito fosse hoje, com absoluta certeza, a aliança vitoriosa de 2008 não se repetiria. Como, o editor ousa afirmar, não se repetirá. Agora deputado estadual, o tucano Jorge Pozzobom se cacifa. E tem 24.998 motivos para acreditar que é ator importante na política da comuna. Pode até não concorrer, mas só um milagre (daqueles que não acontecem há dois mil anos) apoiará Schirmer. Até mesmo a (por enquanto só) hipótese de possíveis dois turnos conspira a favor de uma candidatura tucana. Sozinha ou em aliança. Com quem? Por que não o PP? É.

Mais que isso: o resultado de ontem fortaleceu o Partido Progressista. Agora sim que Schirmer terá que tratar a pão-de-ló o partido de José Farret – que não tem nome pronto para concorrer e parece improvável que o atual vice parta para o jogo municipal com seu próprio nome. Não se dá bem com o PP e o prefeito corre o risco de atirar o agora aliado direto aos braços de Pozzobom ou do próprio PT.

Antes do petismo, outra observação sobre o PSDB. Jorge Pozzobom, já se sabe, é maior que sua sigla. E, para se viabilizar, para começar, terá que se entender politicamente com Nelson Marchezan Júnior. E, na fila, se livrar de alguns entraves políticos que ele próprio patrocinou para dirigir a sigla em Santa Maria.

Agora, o PT. Fabiano Pereira, como esse repórter escreveu faz dois meses e provocou um grande forrobodó, deu um passo pra lá de arriscado e inusitado, ao buscar um vaga de deputado federal – competindo com Paulo Pimenta e deixando de lado uma mais que provável reeleição à Assembléia. Perdeu. E perdeu feio em Santa Maria. Inclusive porque, em vez de colar em Valdeci Oliveira, o fez só de mentirinha, na medida em que trouxe um nome de fora para competir com o próprio ex-prefeito. No caso, o vice-prefeito de Tupanciretã, Cristiano Aquino, que fez votação (2,5 mil) muitíssimo aquém da esperada.

Pensava Fabiano (pelo que pude entender de alguns de seus apoiadores – os que se permitiam falar com o repórter) cacifar-se para concorrer a prefeito. Perdeu.

Isso significa que não será candidato a prefeito? Não necessariamente. Mas, antes, terá que se entender com a dupla Paulo Pimenta/Valdeci Oliveira. Por quê? Ora, porque ambos são os que têm votos populares e, mais que isso, a hegemonia partidária. Ninguém concorre sem o apoio ou a chancela deles. E isso na improvável hipótese de um dos dois não querer concorrer. Se quiserem, Fabiano está fora.

Para quem não entendeu ainda, talvez seja interessante recordar o desempenho do trio, neste domingo,em Santa Maria. Valdeci Oliveira fez a maior votação individual de um candidato em toda a história da boca do monte. Nunca antes, em qualquer tempo, alguém conquistou qualquer coisa parecida a 46.527 votos, numa eleição proporcional.

Aliás, tem um cara que chegou perto. E foi ontem também. E foi Pimenta, com seus 42.948. E depois vem exatamente Fabiano Pereira, com 26.278 – que seriam extraordinários. Não houvessem Valdeci e Pimenta. Que vão decidir a parada no PT para 2012. E podem incluir Fabiano. Ou não.

RESUMO DA ÓPERA: se o pleito para a sucessão de Cezar Schirmer fosse agora, o colunista apostaria, de cara, que teríamos três candidatos fortes. Um o atual prefeito; outro Pozzobom (ou quem ele apoiar, que não seria Schirmer); e um terceiro, que seria petista: Paulo Pimenta ou Valdeci Oliveira. Ou Fabiano Pereira – se um dos outros dois não quiser.

SIGA O SITÍO NO TWITTER

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

5 Comentários

  1. Olá boa noite.
    Será que o Fabiano escolheu concorrer a Deputado Estadual, ou escolheram ele para concorrer? Penso que queimou (ou queimaram) o filme, pior que o dele soh mesmo Lulla o filho do Brasil, risos. Pozzobon se cacifa, e vem contudo em 2012, vai ser uma briga de serrote. Vamos ver as intrigas no ano vem, soh assim poderemos fazer uma análise melhor do quadro politico que se avizinha.

  2. Só para acrescentar :na realidade quem venceu a eleição em 2008 Pra prefeitura não foi schirme e sim FARRET E Jorge Pozzobom mas tenham a grande certeza agora vai dizer quem éque da as cartaz não se mixa Pozzobom .
    Tu não anda de Balão e não é iresposavel, tu foi e não e tu não é Tuias.

  3. Só para acrescentar gostaria de comentar sobre os resultados eleitorais alcançados pelo PSOL. Se por um lado Luciana Genro conquistou mais de 129 mil votos e não conseguiu se reeleger, Sandra Feltrin alcançou um pouco mais de 2 mil votos, igualmente não se elegendo. Na minha opinião estes fracassos eleitorais tem uma única explicação: o isolamento político de um partido que se vê enquanto portador único da defesa dos direitos dos trabalhadores. Vejo esta rejeição como muito positiva pois mostra que a população rejeita projetos de auto-proclamação e negação ao diálogo com todos os setores da sociedade rio-grandense e brasileira.

  4. São esses os candidatos em 2012 (pelo menos os que tem chance):

    Pozzobon.
    Schirmer.
    Valdeci.

    Em ordem alfabética.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo