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EXTRA. Saldo do incêndio político no Palácio Piratini: quatro mortos, a começar por Busatto

Depois de muitas negativas, aconteceu o óbvio: a governadora Yeda Crusius anunciou agora há pouco, em entrevista coletiva, no Palácio Piratini, a saída de quatro integrantes do primeiro escalão. E não são quaisquer assessores.

 

O secretário Geral de Governo, Delson Martini, caiu depois que foi citado em diálogos captados pela Polícia Federal, durante a Operação Rodin. É o mesmo caso de Marcelo Cavalcanti, embaixador do governo gaúcho em Brasília, e que recebeu carta de um dos principais acusados pela fraude do Detran, Lair Ferst, em que este faz ameaças veladas ao Palácio Piratini. O lobista queria ver a correspondência chegar à governadora, o que não teria acontecido.

 

O coronel Nilson Bueno, comandante da Brigada Militar, foi exonerado por, basicamente, duas razões. A primeira é a divergência com o subcomandante, coronel Paulo Mendes. A segunda é que foi indiciado pelo Ministério Público Militar, por supostas irregularidades cometidas quando comandava a BM na região noroeste.

 

Mas a principal perda, neste momento, para Yeda, é a do Chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, que era o principal articulador político da governadora. Nessa condição, foi conversar com o vice-governador Paulo Feijó, em busca de um entendimento mínimo com o discordante parceiro de governo. Acabou tendo gravada, por Feijó, a conversa que terminou por comprometer fortemente o Palácio Piratini – ao dizer que os grandes partidos “se financiam eleitoralmente” nas estatais. Citou nominalmente o PP (Detran) e o PMDB (Banrisul).

 

Busatto ficou pê da vida, deu entrevista coletiva (na foto, feita por Mauro Mattos, da Agência de Notícias do Piratini) em que chamou o vice-governador de “mau-caráter” e “golpista”, entre outras acusações, mas acabou saindo do governo.

 

O que vai acontecer agora? Não se sabe. Pretendo comentar o assunto em nota que publicarei entre este domingo e a segunda-feira, analisando melhor o que ocorreu. O certo é que a governadora sai bastante fragilizada desse episódio, um verdadeiro incêndio político que se abateu sobre o Palácio do Governo. E, provavelmente, neste momento Yeda Crusius está se debruçando sobre os substitutos dos “mortos” desse sinistro. Nos nomes deles certamente estará a chave da retomada do mandato, que ainda tem dois anos e meio pela frente.

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, as informações oficiais sobre entrevista da governadora Yeda Crusius, pela agência de notícias do Palácio Piratini. No mesmo endereço, outras informações oriundas do Governo do Estado.

 

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