SEGUNDO TURNO. Dilma e Serra têm que madrugar. O alvo (de ambos) é Marina
Bem que Lula tentou. Bem que Dilma Rousseff se esforçou. Bem que os petistas (e seus aliados) lutaram. Mas… nos últimos dias de campanha (uma semana? Duas?) a candidata governista perdeu votos. Para quem?
Não, não foi para José Serra, o principal candidato governista, que estacionou na casa dos 32% dos votos. Mas para Marina Silva, fundadora do PT como Lula e que do partido saiu para alojar-se no PV. Foi a grande beneficiária dos erros da candidata oficial e da boa ajuda da mídia, na segunda metade de setembro. Subiu ao ponto de encostar-se no patamar dos 19% dos votos.
É a grande responsável pela ida dos 135 milhões de brasileiros às urnas no último dia de outubro. Mais que isso: já na noite de domingo, ou certamente nesta segunda-feira, começa a caça a Marina. Não ao Partido Verde, que não tem porte nem cacife, mas à própria. O que ela decidirá? Não se sabe. Mas, se fosse dado o direito a um palpite, este repórter supõe que se manterá neutra. Como José Fogaça, do PMDB gaúcho. Sem, porém, o mesmo efeito – afinal, agora ela não concorre.
Então, vamos à segunda pergunta fundamental, e, nessas alturas, a mais importante: com quem ficarão os eleitores de Marina (mais que do PV)? A resposta significará a diferença entre a vitória e a derrota, para Dilma e Serra.
EM TEMPO: a grande vantagem, e ela tende a ser definitiva, da candidatura governista é que, em tese, se não errar (e esse risco sempre existe), sequer precisará dos votos depositados na candidata verde neste domingo. Basta que uma pequena parcela deles, coisa de 3% (ou 15% do total obtido por Marina) votem em branco. Se isso acontecer, acabou.
Como? Simples: para derrotar Dilma, o candidato tucano terá que obter 15% mais do que teve no primeiro turno. É um problemão. Que ele terá que resolver. E nós acompanharemos tudo, por aqui, como sempre.
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