De pronto, a opinião do editor do sítio. Que, por sinal, tem sido reiteradamente posta para o leitor. Uma reforma política digna deste nome somente será possível a partir de uma constituinte exclusiva. Isto é: parlamentares seriam eleitos pela população apenas e tão somente para tratar deste assunto. E depois iriam pra casa.
Da forma como se coloca o assunto, parece virtualmente impossível que deputados e senadores, com mandato de quatro anos, aprovem mudanças que possam, eventualmente, prejudicá-los. Quais, por exemplo? Financiamento público de campanha, voto distrital, verticalização das eleições, voto em lista. Quatro temas apenas, mas fundamentais para que se efetive uma reforma mínima. Quem acredita que isso seja possível, no atual status quo?
Bueno, há quem diga que dá. É o caso do presidente do PT nacional, José Eduardo Dutra, que até espera ver a situação resolvida, por iniciativa de Dilma Rousseff (e com o apoio institucional de Lula) ainda no primeiro semestre do mandato que inicia em janeiro. É, pelo menos, o que o dirigente petista diz em reportagem assinada por Cláudia Andrade, publicada no portal Terra. Confira:
“Dutra: Dilma deveria tentar aprovar reforma política no 1º semestre
A reforma política é uma “herança” do governo Luiz Inácio Lula da Silva que a nova presidente, Dilma Rousseff, deve liquidar logo no início do seu mandato. A avaliação é do presidente do PT, José Eduardo Dutra, que segue um sentimento do próprio presidente Lula. Na última quinta-feira, em reunião com ministros, Lula prometeu atuar diretamente na negociação da reforma.
“Tem um ponto que não envolve só o governo, envolve forças políticas, que é aprovar a reforma política. É algo que durante o governo passado não se conseguiu e que devia se aproveitar o primeiro semestre do ano que vem para colocar em pauta. Na minha opinião, essa deveria ser a primeira reforma a ser tocada. E o governo tem condições de ajudar a andar”, disse Dutra.
Sobre a participação do presidente Lula nas negociações, Dutra afirmou que “o PT, o governo e o Brasil não podem prescindir da sua experiência, sua competência e seu talento”. “Se ele atuar nisso, vai ser um fator positivo para que a reforma ande…”
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