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DENÚNCIA SINDICAL. Corsan abre mão de troco do PAC para Camobi e prefere pagar à iniciativa privada

Logo depois de publicar a nota acerca da quase inexistência de recursos do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) 2 para Santa Maria, exceto uma verdadeira merreca para a Corsan, recebi artigo do dirigente do Sindiágua (o sindicato que congrega os trabalhadores da Companha Rio-Grandense de Saneamento), Rogério Ferraz.

No texto, ele faz uma séria denúncia. Que tem tudo para repercutir, inclusive exigindo, quem sabe, uma manifestação do prefeito Cezar Schirmer. Afinal de contas, Santa Maria é o poder concedente. Acompanhe o que escreve Ferraz, na íntegra:

“A Corsan tem oportunidade de receber do governo federal a importância R$ 483.130.705,09 do PAC II. Recursos do OGU (Orçamento Geral da União) a fundo perdido. Dinheiro que será investido em diversos municípios do estado.

Santa Maria estaria contemplada, segundo informações, com algo em torno de R$ 100 milhões que seriam acrescidos ao valor liberado.

Ocorre que por ação não se sabe de quem, nossa cidade acabou ficando de fora.

Notem que seria recurso público a fundo perdido, ou seja, a população não seria onerada em um centavo sequer para ter as obras tão necessárias em redes e tratamento de esgoto.

Agora vem a explicação:

O presidente da empresa, Luiz Zaffalon, deve anunciar nesta quarta feira a contratação da empresa Cab Ambiental para realizar estudos visando uma PPP (Parceria Público Privada) para o saneamento em Santa Maria.

A Cab pertence ao grupo Galvão, que juntamente com Odebrecht são as principais empresas que andam assediando prefeitos e patrocinando campanhas de políticos em busca da privatização da água.

Mas, por que fazer estudos para realizações de obras que já estariam com os recursos públicos garantidos? Um estudo que possivelmente custe aos cofres da Corsan a quantia de Um milhão de reais?

Quem vai pagar isto?

Agora, com o governo já no seu final, é o momento mais ético e honesto para se contratar este tipo de estudo?

Este estudo só poderia ser feito com a autorização do poder concedente, que é a prefeitura de Santa Maria. Cezar Schirmer conhece ou autorizou tal estudo?

A gestão da Corsan vem assinando vários contratos milionários agora no final de mandato. Tudo ficará para o próximo governo pagar.

Uma coincidência em tudo isto é o fato de Zero Hora ter noticiado há poucos dias que a dívida de campanha da Governadora Yeda é de quase R$ 3,5 milhões.

Rogério Ferraz – Diretor do Sindiágua”

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3 Comentários

  1. Claudemir
    Agora tenho a confirmação de que para Santa Maria era sim R$ 100 milhões e o projeto estava no bojo do pedido global da Corsan e alguém certamente com interesses não muito nobres, retirou o projeto.
    Da mesma forma R$ 50 milhões para Rio Grande.
    Lá a Queiroz Galvão está de olho na água, sendo que ela já é operadora do porto.
    Estamos, sem dúvidas, diante de uma máfia.

    Vamos esperar um pronunciamento do prefeito sobre isto. Quero crer que ele não saiba de nada. E isto poderia anular mais esta falcatrua do governo Yeda.

  2. Difícil de imaginar um governo estadual abrindo mão de verbas do PAC. Se isso realmente aconteceu estamos diante de um escândalo. Cabe a articulação junto ao governo eleito e sua base aliada na AL no sentido de barrar qualquer iniciativa de PPP até o total esclarecimento.

  3. Gravíssimo o que o Rogério está trazendo a público. Precisa ser esclarecido, por um lado, e lamentado, por outro.

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