Prefeitura

SECRETARIADO (2). Novidades são Bisogno e o curinga Pouey. E Schirmer promove a dança das cadeiras

Enfim, saiu a tão anunciada reforma (para saber das mudanças, clique AQUI) do secretariado do prefeito Cezar Schirmer. Foram pelo menos dois meses de muitos balões de ensaio, plantações na mídia e até algumas verdades. Para, perto das 5 da tarde de ontem, via internet (embora, ressalve-se, o prefeito foi colocado à disposição de quem quisesse explicações, via telefone), a prefeitura deu conta das mudanças, à opinião pública.

De tudo o que já se havia colocado antes, ressalte-se, uma única grande novidade (poucos acreditavam, embora se dissesse nos bastidores): a escolha de Marcelo Bisogno para a secretaria de Controle e Mobilidade Urbana, em lugar do afastado Sérgio Medeiros. Que caiu menos por seu conhecimento técnico, e mais pela incapacidade de conviver com as circunstâncias de um trânsito (no qual é técnico e especialista) que exige soluções imediatas. Saiu por lentidão nas decisões – é o que se houve nas proximidades do poder, certo ou errado.

Quanto a Bisogno, que foi secretário de Esportes no governo anterior, o sítio abstém-se de fazer juízo de valor. Afinal, o cara não começou a trabalhar. Presume-se ter sido escolhido por Schirmer por conta do apoio de parte do PDT (do todo, alguém um dia conseguirá, em Santa Maria) e pela dedicação dele à administração. Agora, é ver o que acontece.

A outra entrada era aguardada. Aposta de 11 entre 10 analistas. Tubias Calil, nem bem havia retornado à Câmara, após licença de 120 dias, é chamado de novo ao secretariado. Não mais no Esporte (como no inicio do governo e que o levou até a dizer que havia sido, e é verdade, atleta vitorioso), mas na Infraestrutura, uma pasta técnica e que, historicamente, devora secretários. Duvida? Pergunte a Sergio Cechin, que a ocupou (sob o nome de Obras e Serviços Urbanos) no governo José Farret. Ambos estão bem perto de Tubias, na mesma administração. Ou, se quiser uma opinião mais distante, repita o questionamento a Vilmar Galvão, que foi titular do mesmo cargo, em duas fases no governo de Valdeci. Eles dirão.

De todo modo, Tubias, que vem da segunda malograda tentativa de virar deputado estadual tem pelo menos dois pontos em seu favor. Ambos bastante alvissareiros. Um bem objetivo: sobrará troco para trabalhar. Inclusive por conta da sobra orçamentária da Câmara de Vereadores, que garantirá quase R$ 2 milhões para a aquisição de equipamentos. Outro, embora subjetivo, talvez ainda mais significativo: tem a confiança e o apoio que ninguém mais teria de Cezar Schirmer, do qual é afilhado político e, por muitos, considerado o herdeiro do espólio, quando o chefe se aposentar. Portanto, lhe sobrará condições, em tese, de fazer seu trabalho. Mesmo que não tenha medalhas a ostentar. Isso é desimportante, se conseguir, também, o fundamental apoio dos servidores da área.

Como tem demonstrado, desde a segunda derrota nas urnas, uma invulgar humildade, se a levar mesmo a sério, poderá igualmente se servir da experiência do ex-titular do cargo, seu companheiro de partido (e ex-presidente inclusive), o engenheiro Haroldo Pouey – agora deslocado para a Chefia de Gabinete. Poderá ser, se desejar e for bem aceito, a muleta de Tubias – na hora da necessidade.

Aliás, Pouey, que muitos imaginavam sem função e provavelmente a caminho de Joinvile, onde é funcionário licenciado da Prefeitura, acabou ficando nas proximidades do poder central e, de certa forma, representa uma das personagem principais do que foi a base da reforma anunciada ontem: a dança das cadeiras. Virou curinga. Pode assumir (com condições técnicas) várias pastas. E estará à mão, conforme for o interesse do prefeito. Exatamente como os outros desviados da secretaria original.

Schirmer, é a visão do repórter, ao avaliar as decisões do prefeito, resolveu não abrir mão dos conhecimentos de Carlos Brasil Pippi Brisola. E cavou uma secretaria extraordinária de Planejamento Estratégico (cujas funções detalhei AQUI ontem, no finzinho da tarde). Para o seu lugar enviou um fiel aliado, Antonio Carlos Lemos. Que disse a este repórter, não faz duas semanas: só trocaria de função, se fosse o caso, na hipótese de lhe ser reservada alguma missão. Foi. Tanto que aceitou.

Nas Finanças, onde estava Lemos, Schirmer colocou sua ex-chefe de Gabinete e que já fora adjunta, no primeiro ano de gestão, Ana Beatriz Barros. E está feita a reforma. Vai dar certo? É o que espera Schirmer. E o que esperamos todos, que queremos ver a cidade bem gerida e preparada para as exigências do presente e as possibilidades do futuro – com o perdão pelo clichê.

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4 Comentários

  1. Existem dois tipos de fidelidade:ser fiél ou no caso ser puxa saco.O futuro secretário disse que a cidade está numa M… com buracos em situação calamitosa sem nenhuma referência ao ex-secretário ,é como se estivessem trocando de governo.

  2. O negócio do Haroldo é ter um cargo para estar na vitrine e disputar a vereança, ou seja é o “topa tudo por um cargo”.
    dinheiro para uma campanha bem estruturada não vai faltar, em 2 vezes ajudando o Tubias ele aprendeu a arrecadar e sabe quem são os contatos que contribuem e estabeleceu relação com eles ou seja de bobo ele não tem nada.

  3. a sabedoria popular diz que “nada é tão ruim que não possa piorar” … tem gente querendo comprovar cientificamente essa teoria

  4. O Engenheiro Aroldo Pouey deve ser condecorado com a “comenda do fiel escudeiro”. Aceitar com tranquilidade o seu afastamento da área de infraestrutura e serviços para ser substituído por Tubias Calil, somente acreditando muito na atual administração. Soma-se a isso o fato do Engenheiro Pouey ser um doador de campanha do Tubias Calil em no mínimo duas eleições. Isso que eu chamo de fidelidade. O resto é conversa.

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