HABITAÇÃO. Projeto pode beneficiar trabalhadores dos Correios em Santa Maria. Ah, a iniciativa é deles

Interessante a informação que me chegou há poucos instantes. Ah, mais que isso, importante. Por isso, a reproduzo na íntegra. O texto e a foto são do jornalista Fritz R. Nunes. Acompanhe:

“Trabalhadores dos Correios de SM podem ser beneficiados por projeto habitacional

Uma reunião com administradores da Cooperativa Habitacional dos Correios (Cohrreios), em Santa Maria, neste sábado, 22, pode ter sido o passo inicial para a implantação de um projeto de moradia popular que contemple trabalhadores dos Correios e de outros segmentos profissionais. A reunião, que ocorreu no auditório da Empresa dos Correios (ECT), na Venâncio Aires, foi uma iniciativa do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (SINTECT-SMA) e contou com a presença de cerca de 30 pessoas.

A negociação para que seja desenvolvido um projeto em Santa Maria vem acontecendo desde o ano passado e conta com o apoio da direção local e estadual dos Correios, explica Luiz Carlos Machado Vargas, secretário geral do SINTECT-SMA. Na negociação que vem sendo efetuada, a empresa cederia uma área, que fica nas esquinas das ruas Ernesto Beck com Visconde de Pelotas, onde atualmente funciona a CEE (Central de Encomendas e Entregas). Após a reunião deste sábado, em que foram detalhados como funciona o projeto, representantes da Cooperativa Habitacional foram até o local analisar a área.

Paulo Machado, funcionário da ECT e que atua na administração da Cohrreios, ressalta que os projetos de moradia são construídos aos moldes do programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal, financiados através da Caixa Econômica Federal (CEF). Em função disso, os critérios para as pessoas fazerem parte são bem rigorosos. Não se pode ter qualquer dívida com a CEF ou o Banco do Brasil, ou mesmo estar em débito com tributos federais. Por outro lado, a pessoa não pode ter qualquer imóvel em seu nome e possuir uma renda de até três salários mínimos.

Para fazer parte de um projeto de moradia popular capitaneado pela Coohrreios é necessário ser um cooperativado. Para isso, é cobrada uma cota de 225 reais, que pode ser parcelada em até 15 vezes. Também é cobrada uma taxa administrativa de 13 reais. A partir do momento em que a pessoa for contemplada com a moradia, ela passará a pagar um valor correspondente a 10% do seu salário, num prazo de 10 anos, sem qualquer juro.

Desde que foi fundada a Cooperativa, em 2004, três projetos habitacionais já foram concluídos, na região metropolitana de Porto Alegre, sendo um deles um condomínio fechado em Esteio. Na capital gaúcha, em fase de conclusão, um condomínio com 980 apartamentos na Baltazar de Oliveira Garcia.  

A Coohrreios existe desde 2004, quando, em Porto Alegre, funcionários da ECT resolveram se unir para uma ação dentro de uma visão cooperativista, propondo parceria com municípios, direção da ECT e governo federal para reduzir o déficit habitacional para famílias de baixa renda. A partir de 2006 houve uma alteração estatutária e, atualmente, não apenas os funcionários dos Correios podem aderir à cooperativa, mas também outars categorias de trabalhadores, servidores públicos ou não, que se enquadrem dentro da regra principal: receberem até três salários mínimos. Os projetos desenvolvidos pela Coohrreios já despertaram a atenção da atual direção da ECT, que discute a possibilidade de exportar a experiência gaúcha para todo o país.

Para os interessados em obter informações sobre o trabalho desenvolvido, a Cooperativa Habitacional possui um site: www.coohrreiosrs.com.br. Também há um blog para visitas: sonhoportoverde.blogspot.com.”

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