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Memória. Simon, em artigo, derruba tese de Collor que quer a absolvição política. Aqui, não!

É impressionante a falta de memória da população. Isso é voz corrente em qualquer análise que se faça do comportamento de tal ou qual político. Afinal, faz-se o que se faz porque dentro de dois anos, ou quatro, no máximo, o eleitor já esqueceu. Por conta disso, justifica-se (quase) tudo. Ou justificava-se.

 

Aos poucos, uns e outros estão se dando conta, por exemplo, que anistia é perdão, não esquecimento. Falo dos políticos de uma forma geral, e de alguns deles de forma muito particular. Quanto a mim, não esqueço do regime militar. De jeito nenhum. Sei muito bem como era, e a falta de liberdade política e pessoal que havia. Ah, não esqueço.

 

Obviamente, quando vejo um ferrenho defensor do regime posar de democrata nos dias de hoje, não me engano. Ao menor espirro ditatorial, esses sujeitos e sujeitas vão trocar de lado. Então, que fique claro, não esqueço. Apenas lembro que, uns e outros, a sociedade perdoou. E ponto.

 

Dito isto, tivemos na semana passada um verdadeiro espetáculo no Senado. O venerável Fernando Collor foi à tribuna para, digamos, autojustificar-se. E lembrar que foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. Essa última parte é totalmente verdadeira. O STF o absolveu. O que não significa que esteja certo – lá não há Papas, logo não há infalíveis. Mas é a última instância da justiça e deve ser obedecida.

 

Ok, ok. Só que Collor esqueceu de dize que ele foi julgado politicamente, pelo Congresso Nacional. Teve tempo e espaço para defender-se. Ou alguém também já esqueceu de Roberto Jefferson, outro venerável da política pátria. Eu, nããão. Mas não meeeesmo.

 

Eu, e Pedro Simon. O bravo senador gaúcho teve o que outros não tiveram. A convicção de rebater Collor ponto por ponto, no próprio Senado. E em artigo especial publicado no Blog dos Blogs. É nessa hora que aumenta meu respeito por Simon. Este não se entrega. Não preciso concordar sempre com ele, e não concordo sempre. Mas que esse tem personalidade, ah, tem. Ao contrário de muuuita gente boa.

 

Abaixo, Collor! E tudo o que ele representou e representa na política nacional. É o que esta (nem sempre) humilde página de internet pensa. E escreve.

 

SUGESTÃO DE LEITURA  leia aqui o artigo “Farsa, não. Democracia!”, do senador Pedro Simon, publicado no “Blog dos Blogs”.

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