CASO DO ALBERGUE. Agora, quem se manifesta é Marta Zanella, a secretária de Assistência Social

Este sítio, em nenhum dos momentos dessa história, perpetrou qualquer juízo de valor. Quem o faz, se for o caso, é o leitor. O editor até tem sua opinião. Mas ela, creia, nem interessa, nesse momento. Então, vamos aos fatos.

Primeiro, na tarde de ontem, houve a correspondência-desabafo do supervisor demitido do Albergue Municipal, Mário Vieira (AQUI). Depois, na noite de sexta, sobre o mesmo tema, houve a nota oficial emitida pelo PSDB santa-mariense (AQUI).

Pois, agora, quem se manifesta, invocando direito de resposta, é a secretária municipal de Assistência Social, Cidadania e Direitos Humanos. Reproduzo, na íntegra, a nota assinada por Marta Zanella e enviada há cerca de uma hora, pela Coordenadoria de Comunicação Social da prefeitura. Confira:

“Sr. Claudemir Pereira,

O direito de resposta, reconhecido constitucionalmente como direito fundamental no art. 5 inc.V da Constituição Federal e regulamentado na Lei da Imprensa nº5.250 de 1967, arts. 29 a 36, , com seu exercício pronto e eficaz, frente às ofensas causadas aos direitos de personalidade, é o que me leva a prestar esclarecimentos a respeito da notícia publicada às 16:12h do dia 18 de fevereiro de 2011, no vosso site.

Importante consignar antes de mais nada, que não entendo coligação partidária como uma união apenas com fins eleitorais, mas sim como uma forma de se efetivar a democracia, que só se faz com partidos fortes, com responsabilidade política. Para mim, aliança partidária tem o objetivo de sustentar um amplo acordo com vistas a promover uma sociedade mais justa e igualitária, respeitando a vontade da maioria, protegendo, assim, os direitos fundamentais das pessoas e das minorias.

Dessa forma, não posso aceitar que um Senhor que mal conheço queira colocar em jogo o bom relacionamento e entendimento que temos, neste caso com o PSDB, partido no qual nessa eleição ganhei grandes e preciosos amigos, pelos quais tenho profunda admiração.

Em resposta aqueles pelos quais tenho grande respeito, venho cientificar que:

1º. A ONG a qual o Sr. Mário se refere, é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil Sem Fins Lucrativos) denominada Comitê Gaúcho de Ação da Cidadania, dirigida pela Srª Iara Bergman, que possui um Convênio firmado com o Município para administrar e promover a manutenção do Albergue Municipal, portanto eu, enquanto Secretária de Município da Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Direitos Humanos, não tenho nenhum contato ou qualquer vínculo que seja com este Senhor, funcionário que é, ou que foi da OSCIP. Deixo claro, que nosso papel neste caso é o de fiscalizador do bom funcionamento do Albergue e do cuidado com a coisa pública, tendo contato direto com a Srª Iara, ou com sua representante constituída, não sendo este o caso deste Senhor, ao qual em nenhum momento fiz qualquer solicitação, pois juridicamente é funcionário da OSCIP, e também nem ético seria se isso ocorresse.

2º. Se ele recebeu aviso prévio, isto não me diz respeito. O que me vale é a manutenção da equipe de profissionais e das metas previstas no Projeto Básico e Plano de Trabalho que aludem o Convênio firmado entre o Município e o Comitê Gaúcho, para promover a dignidade e o bem estar daqueles que se encontram em situação de risco e vulnerabilidade social.

3º. Relata o Sr. Mário, que indiquei um nome para ocupar o cargo de supervisor do Albergue, o que não condiz com a verdade. Primeiro, não consta no Plano de Trabalho que é parte integrante do Convênio assinado, o cargo de supervisor – assim, o mesmo não pode existir. Segundo, promove-se assim dizer, que não tenho e não posso ter nenhuma ingerência sobre a contratação de funcionários pelo Comitê.

4º. Diz o Senhor Mário, que novos valores serão acertados pela troca do tucano. Olha, respeito muito as pessoas, mas fico muito admirada com o valor deste senhor, ainda mais se comparado com o respeito a dignidade daqueles que lá estão vivendo. Certamente que o Senhor Prefeito Municipal fará todo o possível para contornar os problemas que estão ocorrendo referente a valores, em benefício da população menos favorecida.

É oportuno esclarecer, que o valor pago pelo Município é aquele solicitado pela OSCIP, quando da formalização do Convênio.

5º. Também relata o ilustre Senhor, que enfrentou os mesmos problemas quando monitor da Casa Abrigo de Meninos e Meninas. Estranho este fato, pois nesta época o Secretário era do mesmo partido dele.

6º. Diz  também que enfrentou inúmeras irregularidades no concurso para o Conselho Tutelar. Ora pois, o Município neste caso, apenas dá suporte para tal ocorrer, sendo o mesmo regulado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, pelo Juizado da Infância e da Juventude, pela Promotoria Pública e por representantes da Sociedade Civil. Assim, ele deve dirigir-se a estes para apontar as irregularidades.

Claudemir

Sabe-se que o povo julga pelas aparências, deixando-se enganar por elas e, na república que se caracteriza por um regime político em que a guarda da liberdade deve ser confiada á maioria (povo), a quem compete, inclusive, a distribuição de cargos e dignidades, isto pode representar um problema político de maior gravidade. Assim, o governo Cezar Shirmer, formado por vários partidos,  vem desenvolvendo um trabalho baseado em ações concretas e imediatas, visando assegurar os interesses de todos os santamarienses, Infelizmente, os Mários estão por aí, e não querem enxergar.

Marta Kemel Zanella

Secretaria de Município de Assistência Social, Cidadania e Direitos Humanos”

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