ELEIÇÕES 2012. Só o próprio Cezar Schirmer pode desfazer aliança que o elegeu em 2008. Ah, e a oposição?

É evidente que não será o prefeito Cezar Schirmer o antecipador da discussão pública acerca de sua sucessão. Quanto mais tarde tudo ficar delineado, menos tempo terá que se dedicar às respostas (por si mesmo ou através de aliados) e, claro, ao próprio governo.

No entanto, pode-se afirmar, com absoluta certeza, que as discussões no bastidor acontecem. Aliás, os partidos só pensam naquilo – isto é, 7 de outubro de 2012, o primeiro domingo daquele mês. E agem, hoje, por conta do que virá no próximo ano.

Este editor, com base nas conversas tidas nos últimos tempos, e sobretudo na avaliação do que está acontecendo, tem bastante claro que, não obstante o silêncio de Jorge Pozzobom acerca do pleito comunal, é muito pouco provável que ele se candidate. Não porque não queira, mas porque seu partido, o PSDB, está amarrado ao governo.

Como, amarrado? Ora, afora a afinidade ideológica (?), pelos cargos de confiança que tem na comuna. Teria que abrir mão (ou seria escanteado) assim que assumisse posição de independência para 2010. A depender dos comentários feitos pelo tucano Mário Vieira (AQUI), demitido do Albergue Municipal, e pela resposta da direção partidária (AQUI), “tirando o seu da reta”, parece improvável que se afastem do governo. A menos que mude tudo, mas tudo meeeesmo, no tucanato da boca do monte.

Resta, dos aliados que contam (e o PDT e o DEM perdoem, mas são definitivamente acessórios nesse debate), o poderoso Partido Progressista. Há nítido descontentamento da agremiação, com o tratamento que lhe é dado. Basta conversar com dirigentes de maior ou menor calibre do PP, para perceber isso. Não, eles não falam ao microfone, nem com jornalista perto – o que não diminuiu a realidade.

Mas, por que não deixam o governo, então? Por José Haidar Farret. E por seus milhares (não se sabe quantos, exceto que tendem a ser decisivos) de votos pessoais. E que não deixará a secretaria de Saúde. Porque tem seu capital político a preservar, no caso dele. E por impossibilidade política de Cezar Schirmer de tirá-lo, na medida em que é também o vice-prefeito com o qual terá que conviver até 31 de dezembro de 2012.

Então, é isso. Schirmer manterá o PSDB na rédea curta (a nota em resposta à bronca do próprio filiado é prova disso). E cuidará de Farret à distância. E os manterá todos ao seu lado, até 7 de outubro. Assim, a aliança estará mantida.

O leitor, diante de tudo isso, por certo tem o direito de perguntar: e a oposição? Ao que, o repórter responde: oposição? Onde? Quem?

EM TEMPO: a foto, de arquivo, é de João Alves, da CCS/PM.

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