Faltam dois dias. Na antevéspera do pleito, o confronto dos candidatos a presidir a Câmara
Foi um debate chato, pra lá de chato. Em todo caso, mais para o público externo (quem tem acesso à TV Câmara) do que para o interno, os três parlamentares que pleiteiam a presidência da Câmara dos Deputados se digladiaram na manhã desta segunda-feira, em Brasília.
Aldo Rebelo, do PC do B, atual presidente; Arlindo Chinaglia, do PT; e Gustavo Fruet, do PSDB, discutiram as propostas que têm para o parlamento, sem que alguém notasse diferença substantiva entre eles. E mais: ficou evidente que Aldo Rebelo tentou afastar-se um pouco do governo, partindo pra cima de Chinaglia. Como se o comunista do B também não fosse da base governista. Aliás, esse, segundo o repórter Leandro Colon, do G1, o portal de notícias das Organizações Globo, foi o tom do confronto: o racha da bancada governista.
Fruet tentou, mas não obteve muito sucesso, se colocar como a terceira via – mas acabou batendo mais no petista do que em Rebelo, a quem deve apoiar num (quase) inevitável segundo turno. E, neste, todos os indicativos apontam para um favoritismo de Chinaglia. O que deverá ou não confirmar-se depois de amanhã, quinta-feira, data da posse da nova Legislatura (a atual já vai tarde) e da eleição para a Mesa Diretora da Casa.
Confira, na reportagem de Colon, o relato do que aconteceu no plenário da Câmara, nesta segunda. Aliás, poucos acreditam que alguém tenha mudado o seu voto. Mas debater, como se sabe, é melhor do que não. Acompanhe:
Debate na Câmara aprofunda ‘racha’ na base do governo
Petistas criticam declarações de Aldo, enquanto aliados o defendem. Aldo diz que apenas deu uma opinião. Já Chinaglia o ironiza.
O debate entre os candidatos à presidência da Câmara nesta segunda-feira (29) acirrou ainda mais o “racha” na base do governo, principalmente depois das declarações finais de Aldo Rebelo (PC do B-SP), que disputa a reeleição. Segundo ele, o PT não merece mais poder dentro do Congresso.
O clima foi de mal-estar entre os deputados da base aliada após o encontro desta segunda. Ao fazer as considerações finais, Aldo criticou o que considera “concentração de poder” nas mãos do PT.
“Não creio que se deva dar ainda mais força a um único partido. Não julgo prudente para o próprio PT a concentração de poderes”, disse o atual presidente da Câmara.
Na avaliação de aliados dos três candidatos, Aldo, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR), o debate dificilmente somou ou retirou votos de cada um, mas demonstrou que há uma disputa cada vez mais intensa na base do governo, dividida entre o atual presidente da Câmara e o petista.
Para Aldo, criticar o PT foi apenas uma atitude para mostrar opinião sobre o assunto. “É bom encerrar o debate com opiniões firmes e claras. Ruim é omitir sua opinião sobre a disputa. Não houve hostilização. É uma diferença de opinião entre PT e PSB e PC do B (que o apóiam)”‘, disse.
Já Chinaglia preferiu ironizar as declarações de Aldo. “Me sinto homenageado. É normal que o candidato que esteja mais na frente receba essa pressão intensa. Não quero fazer a defesa isolada do PT. Mas não é justo não respeitar a decisão do povo de fazer do PT um partido forte”, disse.
Fruet procura aproveitar-se da briga entre os outros dois candidatos. “O debate mostrou qual é a lógica da campanha: uma disputa autofágica na base do governo. Uma disputa entre partidos”, afirmou.
“O debate ajudou a evidenciar essas diferenças: a crise na base e o governismo. Aldo já teve uma oportunidade e Chinaglia mostrou que terá conflitos com os partidos”, disse o deputado tucano…
SE DESEJAR ler a íntegra, pode fazê-lo acessando o G-l, o portal de notícias das Organizações Globo, no endereço http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL2922-5601-5589,00.html.
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