Ambição. PR – o novo PL + o Prona – quer ser o terceiro maior partido na coalizão governista
O Partido da República é a junção do Partido Liberal com o Partido da Reunificação da Ordem Nacional. Ou, escrito de outro modo, o PR é o resultado da fusão entre o PL e o Prona. Só que, no frigir dos ovos, o Prona foi engolido, literalmente. Tanto que o programa adotado pela nova agremiação é exatamente o mesmo do PL. Até nas vírgulas, e nas eventuais discrepâncias para com a língua pátria.
Na prática, portanto, PR e PL (o falecido) são a mesma coisa. Aliás, mais fornido. Afinal, de 27 deputados federais eleitos, agora são 33, com as adesões pré-início de legislatura. E sobretudo traz consigo uma ambição: ser, na coalizão governista arquitetada por Luiz Inácio Lula da Silva, menor apenas que PT e PMDB. E contabiliza, inclusive, um ministério dos grandões, que pretende manter – Transportes, com Alfredo Nascimento – e uma função importante na Mesa Diretora da Câmara, com Inocêncio Oliveira.
É mesmo metidinho, no bom sentido do termo, o partido que tem como principal militante, em Santa Maria, a vereadora Anita Costa Beber. E essa sua intenção de influenciar cada vez mais no Governo Lula, óbvia de quem é (ou pretende ser) a terceira força, virou reportagem assinada pela jornalista Maria Angélica Oliveira, do G1. Confira:
PR quer ser a 3ª bancada do governo
Fusão do PL e Prona já conta com 33 deputados. PR ‘emprestou’ programa da sigla liberal.
Criado para garantir a sobrevivência de membros dos antigos Partido Liberal (PL) e Partido de Reedificação da Ordem Nacional (Prona) à cláusula de barreira, o Partido da República (PR) promete tornar-se a grande vedete da nova legislatura: atraiu oito novos deputados, um governador, conquistou lugar na Mesa Diretora da Câmara, obteve a presidência de uma comissão e o Ministério dos Transportes.
A cláusula foi criada em 1995, mas a implantação estava prevista para as eleições de 2006. Dos 29 partidos, apenas sete tinham ultrapassado a cláusula. Com isso, por exemplo, os pequenos partidos perderiam parte dos recursos do fundo partidário a que tinham direito. Para diminuir os prejuízos, ocorreram diversas fusões. Com a rejeição da cláusula pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e até que o Congresso edite uma nova lei, ficaram válidas as regras antigas. No entanto, o PL manteve a fusão com o Prona.
A meta principal da fusão, no entanto, deixou de ser apenas a sobrevivência. Com apenas cinco meses de existência, a sigla já ambiciona desbancar o PP e chegar ao posto de terceira maior bancada da base do governo. É um partido novo, sem os vícios dos partidos antigos, define o deputado Inocêncio Oliveira (PE), 2º vice-presidente da Câmara.
Apesar do discurso de renovação, o PR parece apenas repetir o papel do PL na última legislatura. No primeiro mandato do presidente Lula, os liberais constituíram a base de apoio ao governo e formaram a terceira bancada que mais recebeu novos integrantes ao longo dos últimos quatro anos: 42 parlamentares no total, atrás apenas do PMDB (53) e do PTB (47)…
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