SECRETARIADO. Opção de schirmer por “esquenta-bancos” ou permanentes define futuro próximo do governo
Vamos admitir, para facilitar o raciocínio, que a AUTOAVALIAÇÃO de José Farret, divulgada aqui na sexta-feira com exclusividade, termine com a decisão de o vice-prefeito e secretário de Saúde manter sua candidatura à Assembléia Legislativa. Nesse caso, se afasta do governo até 3 de abril, por força da legislação eleitoral. São os mesmos casos de Jorge Pozzobom (Relações Institucionais), Tubias Calil (Esporte e etc) e Cezar Busatto (Desenvolvimento Econômico).
Esqueçamos Busatto. Ele concorre à Assembléia Legislativa, inclusive (na avaliação claudemiriana) com boas chances de eleger-se. No entanto, mesmo que seja ignorado pelas urnas, por opção pessoal e profissional, não retorna a Santa Maria após o pleito de outubro.
Fiquemos, então, com Farret, Pozzobom e Calil. Deixando bastante claro que o sítio torce pela eleição de todos, santa-marienses que são, é impossível desconhecer a possibilidade de um fracasso nas urnas. É um pleito difícil, complicado, com variantes hoje ainda imprevisíveis e que, portanto, pode significar, objetivamente, que um ou mais ou todos não logrem votos suficientes para um mandato parlamentar em nível estadual e federal.
Nessa hipótese, é a pergunta que dá origem ao título aposto a esta nota, voltarão aos postos que deixarão agora, por força da desincompatibilização? Em condições normais de temperatura e pressão, talvez voltassem. Taaalvez. Mas só saberemos disso quando o prefeito Cezar Schirmer anunciar os substitutos. Seus nomes, qualificações, histórico político e até afinidades pessoais é que permitirão saber em que condições os novos secretários se encontrarão. Se interinos esquentando banco para a volta (possível) do titular, ou permanentes.
Mesmo antes da informação pública, porém, já há algumas questões sendo colocadas nos bastidores. A principal delas, e que talvez seja uma das causas da autoavaliação de Farret, é a possibilidade de nomeação não de um nome indicado pelo atual titular, mas da lavra da dita cota pessoal do prefeito. E, aí, o preferido é o do cardiologista Luiz Gustavo Thomé. Aí, e quem afirma é este repórter, se tratará, certamente, não de um esquenta-banco. Não faz parte do perfil do escolhido, que não toparia essa circunstância.
Já nos outros dois casos, as aparências indicam (e parece consensual entre os observadores), o prefeito tende a nomear nomes subalternos (não no sentido pejorativo, apenas por sua importância política no contexto), descartáveis em novembro, quando (e se) Pozzobom e Calil retornarem da disputa eleitoral.
EM TEMPO: a mesma discussão não se dá em torno da Educação. Sua interina, Anny Desconzi, sairá mesmo no final do mês. Seu substituto será permanente. E até, há quem assim entenda, poderá ser moeda de troca com o PP, que deixaria a Saúde pela outra pasta importante da área social. Aceitará? Hoje isso seria pouco provável. Mas é de política que se está escrevendo. Portanto, nada é descartável. Em princípio.
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Anny Desconzi seria a exterminadora do Emaet ou a ordem veio mais de cima?