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Empreiteiras. Como combater suposto crime se, de cada R$ 100 de campanha, 11 vieram delas?

Já se disse e escreveu acerca da dificuldade, ou impossibilidade, de instauração, no Congresso, de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as relações pra lá de promiscuas entre políticos e empreiteiras – a partir dos dados oferecidos pela Polícia Federal na operação Navalha.

 

Até um bom apelido se arrumou para essa CPI em gestação: a “do vento cortante”. Mas ficará por isso mesmo. Queeeeem sabe, e olhe lá, no Senado, onde haveria assinaturas suficientes para a instalação. Mas uma Comissão Mista, com a participação também da Câmara dos Deputados, é ínfima a possibilidade de conquistar-se a adesão de 171 parlamentares, o número mínimo para que seja criada.

 

Agora, você acha possível que se arme uma CPI para investigar exclusivamente as empreiteiras? A depender de dados oferecidos por reportagem do jornal O Estado de São Paulo – como você poderá conferir na sugestão de leitura, logo abaixo -, pode esquecer. Nada menos que 11,4% do custo das campanhas eleitorais dos governadores de Estado foram bancados por esse tipo de organização.

 

E olha que se está falando apenas de concorrentes aos governos de Estado, e não de candidatos ao Senado ou a Câmara dos Deputados. Então, pode esquecer. Essa outra CPI também não sai. Aliás,  aí entra um dado histórico, o senador Pedro Simon, do PMDB/RS, já apresentou requerimento nesse sentido há mais de uma década. O papel repousa nos escaninhos do Senado. Se é que não foi queimado.

 

SUGESTÃO DE LEITURA confira a reportagem “Empreiteiras bancaram 11,42% das campanhas dos governadores”, produzida por Wilson Costa, da sucursal carioca do jornal O Estado de São Paulo.

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