Adivinha o que pensam os grandes operadores de TV por assinatura – Sky e Net são os maiores – do projeto que obriga a exibição de produção nacional mínima de 30 minutos por dia? Isso mesmo, estão na maior gritaria. Tem lá suas razões, mas estas nada têm a ver com cultura ou interesse nas coisas brasileiras. Sim, é tudo uma questão “de mercado”.
Mas o fato é que, de uma forma até surpreendente, o projeto que fixa essa obrigatoriedade avança no parlamento, como mostra hoje o sítio especializado Congresso em Foco. A reportagem é de Eduardo Militão. Confira:
“TVs a cabo deverão ter produção nacional…
…O projeto de lei que abre o mercado da TV por assinatura para as empresas de telecomunicações e cria cotas para a produção nacional entra em uma nova fase. Depois de ser aprovado na Câmara, num acordo entre as teles e as emissoras de televisão, serão reiniciadas as audiências públicas no Senado. Esta semana, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), vai pedir a posição do Executivo sobre o PL 116/10. Ele disse ao Congresso em Foco que pediu há alguns dias um parecer à Casa Civil da Presidência da República, comandada pelo ministro Antônio Pallocci.
O relator da matéria e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Eunício Oliveira (PMDB-CE), se mostra simpático ao atual texto, que veio da Câmara, mas prefere aguardar o resultado das audiências públicas para não antecipar seu relatório. O senador disse ao site que a proposta regula setores sem fiscalização e, assim, garante um “equilíbrio” nos oligopólios e monopólios, o que traz benefícios à sociedade. “Diz quem pode fazer isso, quem pode fazer aquilo. Quando ele regula setores, bota os setores debaixo dos órgãos fiscalizadores”, contou Eunício, na semana passada…”
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