Foi perto das 9 e meia da noite de ontem. E daí? Daí, nada. Nas versões impressas, nem pensar. Nas online? Também não. Nas emissoras de rádio? Só agorinha há pouco, e ainda assim num comentário de ouvinte, na Imembuí (do Saul). E mais nada. A mídia tradicional cada vez menos se interessa, e sequer noticia, temas fundamentais. Ou não é importante saber como será a gestão do Hospital Universitário, que atende milhares de pessoas de Santa Maria e da região central?
Desculpa, mas, modéstia às favas, cada vez mais você é convidado a saber das coisas através deste sítio. Que ontem, antes das 10 da noite, já dava conta (confira AQUI) da aprovação, pela Câmara dos Deputados (agora, a decisão passará pelo Senado), da Medida Provisória 520, que cria a empresa gestora dos hospitais universitários.
Agora, chegam os detalhes, inclusive acerca do destino dos servidores dos estabelecimentos, inclusive do HUSM. O material é da Agência Câmara de Notícias, em reportagem assinada por Eduardo Piovesan. Confira:
“Câmara aprova criação de empresa para administrar hospitais universitários
O Plenário aprovou, nesta quarta-feira, a Medida Provisória 520/10, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para administrar hospitais universitários federais e regularizar a contratação de pessoal desses órgãos, atualmente feita pelas fundações de apoio das universidades em bases legais frágeis. A matéria, aprovada na forma do projeto de lei de conversão do relator, deputado Danilo Forte (PMDB-CE), será analisada ainda pelo Senado.
Respeitado o princípio da autonomia universitária, a Ebserh poderá administrar os hospitais universitários federais. A nova empresa será vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e controlada totalmente pela União. Seguirá as normas de direito privado e manterá escritórios nos estados e subsidiárias regionais.
Segundo o governo, as fundações de apoio deveriam atuar de forma complementar e alinhadas com as diretrizes governamentais e das instituições, mas isso não ocorre, provocando perda de capacidade de planejamento e de contratação de serviços.
A solução adotada pelo governo é baseada nas experiências com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e o Grupo Hospitalar Conceição, administrados por empresas pública e de economia mista, respectivamente.
Pessoal
Os 53,5 mil servidores públicos que trabalham nos hospitais universitários federais poderão ser cedidos à nova empresa, assegurados os direitos e vantagens que recebem no órgão de origem.
No caso dos demais 26,5 mil, recrutados pelas fundações de apoio das universidades, o relator aumentou de dois para cinco anos o tempo máximo de contratação temporária desses funcionários sob o regime celetista…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
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Loiva e Rondon:
Os traidores e safados aos quais vocês se referem tem nome e sobrenome (e a maioria se esconde sob a legendado Partido dos Trabalhadores, que vocês no passado tanto apoiaram…), e eu espero que vocês dois, sempre tão atuantes na defesa dos nobres interesses dos trabalhadores e da sociedade, mobilizem seus pares para colocar na Praça Saldanha Marinho um daqueles painéis imensos que eram colocados nos tempos do PT oposicionista.
Se o fizerem estarão honrando toda a história de luta e honestidade ideológica que construíram.
Se não o fizerem, decepcionarão àqueles que acreditam em vocês e provarão que toda liderança sindical está cooPTada pela seita da estrelinha vermelha.
Cabe a vocês provar agora a que vieram…
Abraço e boa luta!
Por que que a Mídia tradicional, conservadora iria se interessar? o que importa se vai aumentar as trincheiras de doentes e desabrigados? interessa, sim, o código florestal, porque mexe com grandes. Saúde pública? só falam para acabar conosco. Não falam do porquê das mazelas, da falta de políticas públicas para a saúde, da troca de verbas públicas por salvamento da pele de muitooos políticos traidores e safados.Eu, estou muito triste. estamos de luto e vamos ver o que ainda é possível fazer. Quem sabe as ADINS…
Outra coisa, a mídia tradicional não ignorou: apenas deu o destaque necessário para que essa entrega do patrimônio público (aplaudida pelas elites, justamente as proprietárias dos grande veículos de comunicação) não tivesse grande publicização.
Só ressalto, o modelo continua sendo o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, um órgão de origem distinta das dos HUs (ele é privado, federalizado e compartilhado pela iniciativa privada), dividindo seus atendimentos SUS com os planos médicos. Ou seja, o ideário dos governantes é mesmo transformar os hospitais universitários públicos em arrecadadores de recursos no mercado.
Não passará apenas pelo Senado, Claudemir. Haverá ainda a intervenção da Justiça, no julgamento das ações de inconstitucionalidade (Adins) que já estão sendo protocoladas.