O setor automotivo, como não tenho cansado de dizer, pode fazer qualquer coisa – menos queixar-se do mercado santa-mariense de carros novos. Entre automóveis e comerciais leves, como você pode verificar nas duas tabelas que ilustram essas notas, nada menos que 2.735 unidades foram emplacadas na boca do monte, entre janeiro e junho.
O fato é que, a cada mês, o desempenho do ano passado é superado. Agora, em junho, foram 481 “zero quilômetro” a sair das revendas autorizadas. Pouco mais que os 479 do mês anterior, mas ainda assim quase 20% além dos 415 emplacados em idêntico período em 2010.
Sempre é bom destacar, também, que o segundo semestre, especialmente os últimos meses do ano, são particularmente promissores para o mercado automotivo – inclusive pelo lançamento das versões mais novas de todas as fábricas. O que pode indicar um período de vendas ainda maiores. Inclusive porque as taxas mais elevadas dos juros parecem não estar fazendo cócegas nos consumidores.
Essa circunstância, de todo modo, traz um desafio e tanto, para os formuladores da política viária da cidade. De barato, teremos qualquer coisa como 5,5 mil carros (e nem se está falando, aqui, das motocicletas) adicionais ao já conturbado trânsito santa-mariense.
Como resolver isso? Não tem jeito. Exceto com recursos, muuuitos recursos. E um planejamento estratégico hoje imperceptível. Ah, só como curiosidade, esses veículos todos, se fossem colocados em fila indiana, com um espaço mínimo entre eles, equivalem a mais ou menos a distância entre Santa Maria e São Pedro do Sul. Pooois é!
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