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Pacotaço. Votação será adiada em uma semana. A pergunta que fica: ainda é possível um acordo?

Numa reunião ampliada do Conselho Político da governadora Yeda Crusius – além de líderes dos partidos da base aliada na Assembléia Legislativa, também compareceram os senadores Pedro Simon (PMDB)  e Sérgio Zambiasi (PTB) – comprovou-se o óbvio: não há como aprovar, na quarta-feira, o Plano de Recuperação do Estado. Especialmente o projeto que trata do aumento da alíquota de ICMS.

 

Há um clima de rebelião nos partidos que dão sustentação ao governo. Pressionados por entidades empresariais e, mesmo, ainda que menos, por movimentos populares, os deputados simplesmente não querem ser acusados de aumentar os tributos. Muitos, também, realce-se, por convicção ideológica, também se recusam a chancelar a idéia apresentada pelo governo.

 

Então, o que fazer? Adiar em uma semana a votação dos projetos – o que vai requerer, se não houver acordo de líderes nesse sentido, e a oposição precisaria concordar -, de maneira a construir alternativas capazes de permitir a aprovação.

 

A briga é dura, na medida em que a governadora, a menos que mude de idéia, aceita negociar, desde que o pacote não seja “descaracterizado”. O que, objetivamente, isso significa? Se saberá ao longo dos próximos dias.

 

A propósito do encontro do Conselho Político, leia o texto produzido pela assessoria de imprensa do Palácio Piratini e distribuído aos veículos de comunicação. A seguir:

 

“Governo reúne Conselho Político para examinar votação do Plano de Recuperação do Estado

 

Na reunião do governo do Estado com o Conselho Político, nesta segunda-feira (12) no Palácio Piratini, foi examinada a possibilidade entendimento com a Assembléia Legislativa sobre o Plano de Recuperação do Estado. “O governo continua com a sua convicção e fez um apelo aos partidos da base aliada, representados pelos seus presidentes e líderes. Como existe uma possibilidade de construção e entendimento na Assembléia Legislativa, e o governo reconhece a possibilidade de alteração de alguns pontos, o ideal é que não se fizesse precipitadamente”, disse ao final do encontro o chefe da Casa Civil, Luiz Fernando Záchia.

Conforme Záchia, o Plano de Recuperação do Estado “tem uma repercussão muito intensa na sociedade e no futuro do Rio Grande, por isso tem que ser construído com muita calma, com muita precisão”. Segundo ele, nesta terça-feira a Assembléia Legislativa não tem como votar a matéria, por impedimento regimental, e quinta-feira é feriado. “Há uma solicitação do governo, este é o apelo que o governo fez aos partidos da base de que possamos postergar por mais uma semana. Mas isso está restrito a uma decisão soberana e legítima da Assembléia Legislativa”, acrescentou ele.

Melhor caminho
Na avaliação feita pelo chefe da Casa Civil, “existe uma luz no fundo do túnel para que possamos construir um entendimento entre o Parlamento e o Executivo, construir alternativas que sejam benéficas à sociedade. Então, a postergação, no nosso entendimento, por mais uma semana seria o melhor caminho”. A discussão, assinala Záchia, deverá ser com o Parlamento, bancadas, parlamentares. “O governo entende que algumas alterações são absolutamente possíveis de serem realizadas”.

Para o chefe da Casa Civil, o governo do Estado não quer só a compreensão da Assembléia Legislativa. “Queremos que a Assembléia construa junto. O parlamentar, com a sua sensibilidade natural, veio de um final de semana das suas bases. Ele falou com a sociedade, com segmentos, com setores diversos e hoje tem uma avaliação muito clara que propicia que possamos fazer uma discussão ao longo dessa semana e sim, quem termos a felicidade, felicidade pelo Rio Grande, de o os Poderes Executivo e Legislativo construírem um novo desenho, uma nova formatação das medidas do Plano”.

A reunião foi com a governadora Yeda Crusius, na ala residencial do Palácio Piratini, e contou com as presenças do secretário da Fazenda, Aod Cunha, da presidente regional do PSDB, Zilá Breitenbach, do líder do PSDB na Assembléia Legislativa, Adilson Troca, do presidente estadual do PMDB, Pedro Simon, do presidente estadual do PP, Jerônimo Goergen, do senador Sérgio Zambiasi (PTB), do presidente municipal do PPS, Paulo Odone, o integrante da executiva do PPS, Sérgio Camps de Moraes

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras informações oriundas da assessoria de imprensa do Palácio Piratini.

Leia também a reportagem “Governo aceita adiar votação do pacote”, publicada por ZH.Com, com informações da Rádio Gaúcha.

 

 

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