Não precisa ser muito esperto. Basta consumir num dos supermercados da rede Walmart. Em Santa Maria, lojas do Big e do Nacional, controladas pelos ianques. Seus funcionários se esforçam (e conseguem) ser gentis. Mas a sensação é de que estão sempre no fio da navalha. Vale para qualquer posição hierárquica.
Estará o editor exagerando? É? Então olha só o que aconteceu em São Paulo, a partir de decisão da Justiça do Trabalho. E depois tira a tua própria conclusão. O material está no Espaço Vital, sítio especializado em questões jurídicas. A seguir:
“Tem que rebolar no supermercado…
A Justiça do Trabalho confirmou, em segunda instância, a condenação da Walmart, maior rede varejista do mundo, por ter feito um ex-diretor rebolar enquanto entoava o grito de guerra da empresa. A decisão da 10ª Turma do TRT de São Paulo, manteve a sentença de primeira instância e condenou a multinacional norte-americana a pagar reparação por danos morais arbitrada em R$ 154 mil para o executivo Eduardo Grimaldi de Souza, 40 de idade. Ele foi funcionário do Walmart de 2000 a 2009. A empresa informou que vai recorrer ao TST.
Na abertura e no final das reuniões, uma espécie de hino motivacional era entoado. Num trecho da música – “Me dá um W, um A, um L, me dá um rebolado” – todos tinham de fazer o movimento. Quem não rebolava convenientemente, era levado diante dos colegas para fazer o movimento de forma isolada – o que ocorreu com Souza mais de uma vez.
O juiz de primeiro grau já havia reconhecido que o executivo foi alvo de danos morais ao ser obrigado a passar pelo vexame. O magistrado Diego Cunha Maeso Montes afirmou que o ato do Walmart “é medieval e a empresa tratou os funcionários como bonecos e servos da gleba, que mudos e calados, devem se submeter a todo tipo de ordens e caprichos de seu dono…”
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Que diabos significa o “associados” que agora virou moda e ocupou o lugar o famigerado “colaboradores”?
Só para constar, já parei de fazer compras lá faz um bom tempo.
Não precisa hino motivacional. Paga o merecido e trata feito gente. Terão os funcionários sempre motivados e felizes.
Ah, Claudemir, a impressão de que os funcionários estão sempre a ponto de um colapso nervoso não é só tua não.
Até quando vai isto???
Aqui em Santa Maria também é assim. O MAXXI, que é da rede Walmart, também pratica essa pajelança diariamente, por volta do meio-dia. Já ouvi várias vezes. Eles querem o corpo e a alma dos “colaboradores”.
Pior que isso é a prática dessa rede que, sem o conhecimento dos empregados, contrata altíssimos seguros de vida no nome deles, com o Walmart de beneficiário. Geralmente quando a pessoa já está doente. Então fica torcendo pela morte do infeliz pra embolsar o seguro. Isso já virou até processo judicial e documentário que está na Internet.