Essa conversa de que o PDT mantém apoio ao governo de Dilma Rousseff, “mesmo que perca o ministério do Trabalho”, como os jornais estão divulgando, é apenas isso, conversa. Na verdade, é tudo ao contrário, se me entendem. Coisas da política.
Muito mais de acordo com a realidade, isso sim, é o afastamento temporário, até que as coisas se definam, do presidente da sigla, Carlos Lupi, que continuará licenciado enquanto isso. Afinal, como poderia um ministro (dublê de dirigente) demitido negociar, não?
Quem conta como é esse jogo é a edição de hoje, do jornal O Estado de São Paulo. Bem mais factível do que a maioria, aliás. Acompanhe:
“PDT deixa Lupi fora do comando da sigla até acertar reforma com Dilma…
…Excluído do governo sem honras, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi foi forçado pelo PDT a um exílio para não atrapalhar as negociações do partido com o Palácio do Planalto sobre a ocupação de cargos na Esplanada. Lupi deixou a pasta no domingo, após uma avalanche de denúncias, e vai continuar licenciado da presidência do partido pelo menos até janeiro de 2012.
Até lá, o PDT espera ter resolvido o impasse relativo ao espaço que caberá à legenda no latifúndio governista. A direção do partido decidiu ontem que permanece na base do governo.
A saída de Lupi no domingo mexeu no xadrez ministerial. Dilma não quer que o PDT continue à frente do Trabalho. Alega que o partido está há muito tempo no comando da pasta – desde 2007, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva – e prega mudanças. A estratégia adotada ontem pela cúpula do PDT, no entanto, tem como objetivo permanecer no Trabalho…”
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