6 MESES. Túnicas pretas, caminhada, solidariedade. Tudo para lembrar as 242 vítimas da tragédia da Kiss

Eles não esquecem. Nem podem. Nem devem. São, afinal, 242 jovens mortos e pelo menos 600 feridos com sequelas ainda imprevisíveis. E tudo faz exatamente seis meses neste sábado, 27 de julho.

A Associação dos Familiares das Vítimas e o Movimento do Luto à Luta estão organizando a manifestação que, como as anteriores, deve marcar e muito a comunidade de Santa Maria – nessa luta por Justiça que recebe a solidariedade da população.

Se, no mês passado, a marca foram os balões, desta vez será a própria roupa dos manifestantes, a dar o toque diferente. Como RELATOU, na versão online do Diário de Santa Maria, a reporter Lizie Antonello, desde quarta-feira estão sendo confeccionadas 242 túnicas. Elas serão usadas por familiares e amigos, numa caminhada que começa na Praça Saldanha Marinho e se dirige à Catedral Metropolitana, no início da noite.

Mas não será só isso: os familiares vão doar as roupas dos mortos, em solidariedade às famílias das vítimas mais pobres e que, por isso, têm mais problemas com o frio do inverno. E, claro, o ato também servirá para mostrar o que consideram ser a impunidade dos que seriam responsáveis pela tragédia.

A concentração para o ato definitiva do dia começa às 6 e meia da tarde, na Praça Saldanha Marinho. Ali, os manifestantes receberão a tunica (na cor preta)  que usarão, conforme nota no Feicebuqui, para sinalizar “a injustiça perante nossas reivindicações, desejos e expectativas quanto às últimas decisões da Justiça”.

Dali, partirão todos para a Catedral, onde acontece um Culto Ecumênico. No percurso de cerca de 300 metros, haverá o já tradicional “minuto do barulho”, que marca a tragédia a cada mês, desde 27 de fevereiro.

EM TEMPO: a entrega das roupas, uma peça de cada vítima, totalizando as 242, será no final da manhã de sábado, na Praça Saldanha Marinho.

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