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Nossos homens no Rio – por Carlos Costabeber

Há poucos dias recebi a honrosa visita de um velho amigo, o General Adriano, que hoje é o Comandante Militar do Leste, e responsável pelas forças do Exército que estão em missão pacificadora nos complexos de favelas do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.

Esse breve período de reencontro culminou com um churrasco no domingo, 15, com a presença do Prefeito Schirmer. E, nessa oportunidade, deu para saber um pouco mais sobre um assunto que, para a absoluta maioria dos brasileiros, é totalmente desconhecido: a vida nas favelas cariocas, antes e depois da ocupação pela policia e pelos militares.

Além do que o general já declarou em entrevista exclusiva ao Diário de Santa Maria, me arrisco a complementar com algumas informações interessantes:

* O início do processo de dominação dos morros pelos traficantes se deu nos anos 80, quando, com uma política equivocada, o Governo proibiu a policia de atuar nessas áreas.

* O armamento desses bandos teve como motivo a guerra entre as quadrilhas, para aumentar seus domínios; e não a atuação da policia, impedida de combatê-los em seus refúgios. Com o passar do tempo é que eles passaram a usá-los para enfrentar os policiais que tentavam subir os morros e em todas as áreas da cidade.

* Além das drogas, outros dois negócios eram muito lucrativos para os bandidos: a rede de tv a cabo, popularmente conhecida por “gatonet”, e a venda de gás de cozinha.

Hoje, nas comunidades pacificadas, o acesso em segurança tem permitido que prestadoras do serviço de TV por assinatura e distribuidores de gás, legalizados, atendam essa população, oferecendo esses serviços a preços acessíveis aos moradores de todas as áreas já pacificadas.

* A missão das forças de pacificação, da Policia e do Exército, é restabelecer a presença do Estado, preservando a ordem pública, e coibindo a prática de qualquer tipo de ilícito; e, principalmente, impedir a dominação e os atos de violência dos traficantes contra a população. A volta, para milhares de habitantes das comunidades pacificadas, de uma PAZ que a maioria jamais conheceu.

Afinal, foram mais de 30 anos de domínio absoluto dos traficantes, que impuseram suas próprias leis, regidas pela criminalidade e pelo terror.

* Outra grave dificuldade enfrentada pelas forças pacificadoras é que a grande maioria dos elementos que atuavam nas comunidades e aterrorizavam a população, não é fichada pela policia. Então, a população sabe quem eles são, mas como não tem registro policial, legalmente não podem ser presos.

Essa é uma missão de altíssimo risco, mas que está sendo muito bem administrada pelo Secretário de Segurança do Rio, o santa-mariense José Mariano Beltrame, com a participação das forças do Exército. 

A política de segurança adotada pelo atual Governo do Rio tem se mostrado altamente efetiva. Haja visto os resultados alcançados na redução da criminalidade em toda a Cidade Maravilhosa. Conforme o programa elaborado pelo Secretário Beltrame, essa atuação será ampliada, e deverá atingir em breve todas as comunidades faveladas.

É o resgate da cidadania para centenas de milhares de brasileiros, que por mais de três décadas estiveram desprotegidos pelo Estado – e subjugados pelo tráfico.

Daí, chego a conclusão de que  por estarem dois gaúchos participando ativamente dessa ação pacificadora, é que rolou na internet uma charge, em que o Cristo Redentor foi substituído pelo “Laçador” lá no alto do Corcovado.

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