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O presente de 2012 – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira

10, 9, 8,7, 6, 5, 4, 3, 2…dois mil e doze. Da contagem regressiva findou-se o ano, ceifamos os doze meses do já passado 2011. Restam-nos os presentes do novo ano, e já dito por Drummond, para sonhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

Pois bem, passamos meses assoberbados, na correria do ano, nem velho, nem novo, simplesmente o ano. E lá nos entremeios dos meses está ele, o ano, não tem esta tamanha importância que atribuímos aos últimos dias do ano velho, em prelúdio ao ano que se anuncia.

Neste clima de renovação, estamos ainda sob o efeito da espera de um novo presente. Irônico que possamos depositar expectativas em uma virada de ano. Ora, um dia como outro, não? Em certa forma sim, mas um dia, ou melhor, uma noite eivada de esperas, esperanças.   

De repente, em um instante, os fogos anunciam que o ano novo está presente e o velho ficou para trás, descartado. Ficamos na espera de felicidades, alegrias, conquistas, saúde, paz… São desejos, são presentes que aguardamos do ano que se inicia.

Apropriando-me dos galanteios poéticos de Drummond, desejo a você: fruto do mato, namoro no portão, domingo sem chuva, segunda sem mau humor, sábado com seu amor, chope com amigos, viver sem inimigos, filme antigo na TV, ter uma pessoa especial…E que ela goste de você. Ouvir uma palavra amável, ter uma surpresa agradável, noite de lua cheia, rever uma velha amizade, rir como criança, formar um par ideal, tomar banho de cachoeira, pegar um bronzeado legal, aprender um nova canção, queijo com goiabada, uma festa, um violão, uma (antiga) seresta, ter um ombro sempre amigo, bater palmas de alegria, uma tarde amena, calçar um chinelo velho (…)

E quem sabe, em resposta, no Ano Novo de Quintana fica o recado de que no alto, lá bem ao alto do décimo segundo andar, do ano passado, vive uma chamada Esperança; E ela pensa que quando todas as buzinas, todos os tambores, todos os reco-recos tocarem: Ó delicioso vôo! Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada – outra vez criança. E em torno dela indagará o povo: – Como é o teu nome, meninazinha dos olhos verdes? E ela lhes dirá (É preciso dizer-lhes tudo de novo) Ela lhes dirá bem alto, para que não se esqueçam: – O meu nome é ESPERANÇA, eis o presente de 2012!

Vitor Hugo do Amaral Ferreira

[email protected]                                    

@vitorhugoaf

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