Artigos

A razão gen(ética) – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira

A Declaração Internacional sobre os Dados Genéticos Humanos tem em sua redação a consciência da capacidade única dos seres humanos em refletir sobre sua própria existência, de perceber a injustiça; de evitar o perigo; de assumir responsabilidade; de buscar cooperação e de demonstrar o sentido moral que dá expressão a princípios éticos.

Pois bem, a partir dos avanços da ciência passamos a desenvolver novas competências e compreensões da vida, consequentemente novos questionamentos. Entre eles conflitos de ordem ética. Como diz a própria Declaração, reconhecendo-se as questões éticas, devemos examiná-las com respeito à dignidade da pessoa humana.

Disso, considerando o papel da UNESCO em elaborar princípios consubstanciados a valores éticos, compartilhados ao desenvolvimento científico e tecnológico, além da transformação social, é que se funda a Declaração Internacional sobre os Dados Genéticos Humanos. Por certo, entre os maiores desafios práticos da Declaração está a efetividade dos objetivos, em especial, a congregação de dois deles.

Ao passo que falamos em promover o respeito pela dignidade humana e proteger os direitos humanos, assegurando o respeito pela vida e pelas liberdades fundamentais; deparamo-nos com a necessidade de reconhecer a importância da liberdade da pesquisa científica e os benefícios resultantes dos desenvolvimentos científicos e tecnológicos.

O diálogo ético entre a pesquisa e os valores humanos tem guarida no princípio de que os interesses e o bem-estar do indivíduo devem ter prioridade sobre a ciência. Eis a regra.

Se assim é (será), já elucidado os avanços humanos pelos pensamentos de Aristóteles (criador da filosofia da ética) eis que se encontra, novamente, o ideal de que, acima de tudo, deve estar o bem humano, associado a três funções básicas, a vida, o sentimento e a razão.

É a razão que nos distingue como humanos. Em que pese, a razão deve conciliar o avanço científico e a ética humana. Eis que Aristóteles deixou dito: o fim último de uma vida virtuosa é ser feliz. Portanto, a felicidade tem que ser o correto desempenho do que lhes é próprio; o uso correto da razão.

Vitor Hugo do Amaral Ferreira

[email protected]

@vitorhugoaf

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo