Assembleia

ARROZ. CPI ouve representantes de bancos

POR MAIQUEL ROSAURO

A CPI do Arroz, presidida pelo deputado estadual Jorge Pozzobom, ouviu, na tarde desta segunda-feira (6), no Plenário João Neves da Fontoura (Plenarinho) da Assembleia Legislativa, representantes do Banrisul e do Banco do Brasil. Os parlamentares buscaram informações sobre fatores que compõem o custo do arroz, como insumos, logística, armazenagem, arrendamento da terra e juros bancários.
A gerente executiva da unidade de negócios rurais do Banrisul, Karla Nozari, afirmou que a instituição age de acordo com as determinações do Banco Central. “Nossos financiamentos de recursos são controlados pelo Bacen. Aplicamos 28% dos depósitos à vista, e os juros variam entre 1,5% e 6,55% dependendo do enquadramento do produtor”. Karla Nozari garantiu ainda que os créditos para a safra do arroz representam em torno de 10% do total oferecido pelo banco, e que os valores têm sido aumentados nos últimos anos. Acrescentou ainda que a inadimplência do setor é baixa justamente porque o Banrisul promove possibilidade de renegociação e prorrogação de créditos, como o que ocorreu na safra 2011/2012. “Mantivemos os produtores adimplentes mesmo com os créditos prorrogados”, completa.

Pelo Banco do Brasil, foram ouvidos o Superintendente Estadual, José Carlos Reis da Silva e o gerente de Agronegócios da Superintendência Regional, João Paulo Comerlato. Conforme o superintendente, o BB é o principal parceiro dos arrozeiros e, portanto um dos principais interessados em buscar soluções para o setor. “A soja e o arroz são os carros-chefe nos financiamentos. São aproximadamente R$ 800 milhões para cada cultura por ano. Mas a soja são 4 milhões de hectares, enquanto a área de cultivo do arroz é de 1,1 milhão de hectares. Nesse caso, o ticket médio é bem maior”.

Já o gerente de agronegócios garantiu que a inadimplência dos arrozeiros é muito baixa. “Quase todos os produtores foram equalizados. É muito pequena a taxa de inadimplência. Mesmo para os arrozeiros da região central, que enfrentaram dificuldades em 2010 e em 2011 não estão inadimplentes porque buscamos prazos e condições”.

O presidente da CPI mostrou-se satisfeito com as oitivas, mas avalia que é preciso investigar mais a fundo sobretudo um dos pontos. “As instituições negaram que aconteça a venda casada, o que é um fato contraditório com o que os produtores têm afirmado. Vamos aprofundar a investigação para apurar se isso acontece e, caso necessário, tomar providências”, afirma Jorge Pozzobom.

Requerimento – A Comissão ainda aprovou o requerimento do Presidente para a instalação da CPI durante a 22ª Abertura da Colheita do Arroz de Restinga Seca, que ocorre entre os dias 23 e 25 de fevereiro. A intenção de Pozzobom, ao propor essa iniciativa, é aproximar a Comissão dos produtores que não têm a possibilidade de acompanhar os trabalhos na capital.

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