Lixo: o submundo que desconhecemos – por Carlos Costa Beber
Como o assunto que abordei na semana passada (LIXO) teve boa repercussão, começo essa coluna com a mensagem que recebi de um amigo, militar graduado que morou por muitos anos em nossa cidade:
“Sempre me incomodou este aspecto da cidade. Tenho Santa Maria como minha cidade: aquela do coração.
Espero que seu texto ajude a mobilizar a cidade.
Na minha casa acostumamos com a idéia de separar plástico, papel, vidro, pilhas… Montamos um sistema de coleta dentro de casa!
Também sempre tivemos o cuidado de lavar as caixas de leite, os plásticos… Acho que vale a pena cuidar da nossa casa: a TERRA!!!!
Pra ser franco, tinha um pouco de vergonha de andar por Santa Maria, com os estrangeiros que nos visitavam (o grifo é meu).
Torço pelo impacto positivo de seu texto, e por favor mantenha a pressão. Vale a pena!!!”
Como resultado imediato do texto anterior, fui convidado pelo Secretário do Meio Ambiente, o amigo Luiz Alberto, a conhecer o trabalho que está sendo desenvolvido pela Prefeitura de Santa Maria.
Fiquei surpreso, confesso, com o trabalho. Numa reunião de 2 horas e com a participação também do Rogério Assis Brasil, pude ver que a Secretaria e o próprio Gabinete do Prefeito conseguiram mapear os problemas gerados pela produção de 170 TONELADAS DIÁRIAS de lixo que é produzido em Santa Maria.
O trabalho da Secretaria é muito bom, mas peca por não saber se comunicar com a população. Às vezes as boas idéias não vão adiante, por falta de comunicação e entendimento !
Claro que a nossa situação ainda é privilegiada, perto do que acontece na maioria das cidades brasileiras. Mas, pelo que pude conhecer, a população e a Prefeitura têm um desafio improrrogável. E em várias frentes!
Começa por um trabalho de conscientização, para que haja a separação do lixo na origem, dentro de um procedimento padronizado.
Depois vem a coleta: do lixo comum, e em separado, o seletivo.
O lixo reciclável é um capitulo a parte, pois se estima que sejam produzidos diariamente 50 TONELADAS de lixo que podem ser reindustrializados. É muita coisa!
Hoje, o lixo reciclável passa por uma cadeia de coleta que envolve uns 2.000 CATADORES, num trabalho degradante, desumano. E a coleta mecânica, além de restrita, sofre com a falta de conscientização da população, com o vandalismo, e com a ação desregrada desses mesmos catadores.
Complicadíssimo ! E todos nós sentimos isso em nosso cotidiano.
Mas saí da reunião na Secretaria de Meio Ambiente reconfortado, convencido de que estamos no caminho certo; apesar das dificuldades de logística, da necessidade de resolver o problema dos catadores (e de suas carroças circulando pelo trânsito da cidade), e de promover a conscientização da população.
E, muito importante: de gerar a criação de uma POLO INDUSTRIAL para transformar todo esse lixo reciclável em novos produtos. Não é pouca coisa, pois além do que é aqui produzido, vem para Santa Maria grande parte do lixo produzido nas cidades da região.
Um alto negócio !
LIXO É DINHEIRO ! Não esqueçam disso!!!! Muito dinheiro!
Por fim, deixei uma sugestão, que me foi enviada por um amigo: a Prefeitura deve criar normas para que as novas construções, para serem autorizadas, tenham detalhados no projeto, a DESTINAÇÃO DOS RESIDUOS DOMÉSTICOS.
O pessoal adorou essa sugestão! E será mais um passo a contribuir para a melhoria dessa situação.
Boa semana a todos !
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