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Sem papas… Vice Paulo Feijó não economiza. E sobra até para o marido da governadora

Definitivamente, temos uma ruptura. Que é mais forte, muito mais forte do que, por exemplo, divergência ideológica. Com essas os políticos (militantes ou não) convivem. E até superam – os exemplos estão aí mesmo para comprovar. Nem precisa sair da cidade, aliás.

 

No entanto, a cada manifestação do vice-governador eleito (e portanto “indemitível”, com o perdão da palavra que sequer sei se algum dia alguém usou) Paulo Afonso Feijó amplia-se não a discrepância de pontos de vista, mas a mais completa ruptura. O que explica, inclusive, o fato de a própria governadora Yeda Crusius ter mandado o PFL, partido do vice, para os cafundós da oposição. O mesmo lugar, veja a contradição ideológica, destinado ao PT, pelos eleitores.

 

A última, ou será a mais recente?, manifestação de Feijó foi feita em ampla entrevista ao jornal ABC Domingo, de Novo Hamburgo, e com ampla circulação (mais de 35 mil exemplares) na Grande Porto Alegre. Embora ignorada pela mídia grandona do Rio Grande, o trabalho jornalístico repercutiu, e muito. Entre os que comentaram as palavras do empresário pefelista está o jornalista Políbio Braga (www.polibiobraga.com.br). Outro, este de repercussão nacional, foi o site da Agência Maior, em texto assinado pelo jornalista Marco Aurélio Weissheimer. É exatamente esse o que passo a reproduzir, para que você mesmo sinta o som do estouro. E da ruptura de que falei na primeira linha. A seguir:

 

“Vice-governador gaúcho ataca ingerência do marido de Yeda Crusius

Paulo Feijó (PFL) abriu fogo contra o governo ao qual pertence. Os ataques atingiram o marido da governadora Yeda Crusius (PSDB). Feijó vê falta de legitimidade na atuação do economista Carlos Crusius no governo, lembrando que ele não concorreu a nenhum cargo e não recebeu nenhum voto. Além disso, criticou a equipe econômica de Yeda: “nunca administraram uma carrocinha de pipoca”.

 

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Afonso Feijó (PFL), voltou a fazer duras críticas ao governo do qual faz parte desde o dia 1° de janeiro. E, desta vez, as baterias de Feijó voltaram-se também contra o marido da governadora Yeda Crusius (PSDB), o economista Carlos Crusius. Em uma entrevista concedida ao jornal ABC Domingo, do Grupo Sinos (Novo Hamburgo), que circula na região metropolitana de Porto Alegre, o vice-governador critica a influência do marido de Yeda no governo e a total falta de legitimidade dessa atuação, uma vez que Carlos Crusius não concorreu a nenhum cargo, não recebeu nenhum voto e não possui nenhum cargo no governo. Ao ser indagado sobre o papel de Crusius no governo Yeda, Feijó responde: “Esta foi uma das minhas críticas; pessoas que não receberam um voto, que pouca visão e experiência tem em empreender, em fazer negócios e gerar empregos, vem querer centralizar e dirigir o futuro do nosso Rio Grande do Sul”.

Conforme o relato do vice-governador, a influência de Crusius é muito grande desde a campanha eleitoral e permaneceu forte durante o período de transição. Feijó revela que o marido de Yeda teve muita influência na formulação no pacote de aumento de impostos, proposto pela governadora à Assembléia ainda antes de assumir, em dezembro. “Durante a campanha ele teve muita influência e durante o pacote também. Tanto que foi ele quem me comunicou as medidas. No dia do pacote ser anunciado à imprensa, quem comunicou a mim e a um grupo de pessoas ali, foi ele”. “O marido”, prossegue Feijó, “teve muita participação e influência em relação ao pacote proposto, tanto de reestruturação, quanto de aumento de tributos e manutenção”. O vice-governador diz ainda que discorda completamente da visão econômica do marido de Yeda. “Talvez por isso ele não goste de me ouvir, porque sempre tenho uma contraposição”.

“Nunca administraram uma carrocinha de pipoca”


Na entrevista ao ABC Domingo, publicada neste final de semana, Paulo Feijó volta a atacar o estilo centralizador de Yeda Crusius e do marido desta, confirmando que estão rompidos: “Nunca houve uma aproximação. Desde a campanha, a governadora sempre foi muito centralizadora e o núcleo dela, de dois ou três, é que decidia as coisas. Para mim não tem sido nada diferente depois de eleito ou durante a campanha. Não tem sido novidade. Nem para mim e nem para ninguém que acompanhou a campanha do governo”. O vice-governador também confirma que não é ouvido no governo: “Raras vezes me ouviram, raras vezes me ligam para alguma coisa. E durante a elaboração do pacote simplesmente não me ouviram. Quando estavam com o pacote pronto é que me mostram. Falei que concordava em tudo no que dizia respeito à reestruturação, mas que não concordava em nada em relação ao aumento de carga tributária”.

As críticas não param por aí. Feijó também ataca a qualificação da equipe econômica do governo Yeda e suas propostas de aumento de impostos e de corte dos créditos presumidos para exportadores: “Se o governo retirar o crédito presumido, o preço do produto interno vai subir e as pessoas vão começar a comprar de Santa Catarina, Paraná, São Paulo. Já sei que os burocratas ali disseram para acabar com os créditos presumidos. Tirar o crédito presumido é meter a mão e tirar a competitividade das empresas. Mas isso não entra na cabeça dos tecnocratas. Eles nunca administraram uma carrocinha de cachorro-quente. Esses caras nunca administraram a carrocinha de pipoca na esquina. Só por isso. Eles não entendem que o mercado é mais rápido do que eles. A caixa-preta da Fazenda é algo que nunca se conseguiu entrar”. O vice denuncia ainda que Yeda Crusius rasgou uma promessa de…”

 

SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a “Carta Maior” na internet, no endereço http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13396.

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