SECRETARIADO. Com nomeação de tucano no Esporte, Schirmer faz movimento para barrar candidatura de Pozzobom

O prefeito Cezar Schirmer, do PMDB, diferente do que muitos poderiam imaginar, resolveu não trocar seis por meia dúzia, ao reformular compulsoriamente o secretariado – por conta da saída dos que pretendem concorrer em outubro. O editor identifica pelo menos dois movimentos que indicam exatamente no sentido oposto. Isto é, mais que meramente propor mudanças que pudessem conduzir o governo dignamente rumo ao final, em dezembro, agiu para reforçar-se também (e, se possível, de forma definitiva) no jogo eleitoral que se aproxima.

Um deles é a opção por Luiz Fernando Nunes, do PSDB, para substituir Erony Paniz Jr, do PP, na secretaria de Esportes. Nunes, também conhecido como Dida, tem inegáveis qualidades e é nome absolutamente identificado com a área. Como professor de educação física e preparador físico experiente, tem indiscutíveis condições técnicas e laços políticos suficientemente fortes pra ocupar a função.

Isso, obviamente, foi importante para que seu nome fosse chancelado pelo prefeito. Mas não apenas. Ou talvez nem principalmente por isso foi o escolhido. Fontes absolutamente confiáveis do editor dão conta de uma reunião havida há coisa de 10 dias, entre o prefeito, candidato à reeleição, e dirigentes do PSDB, parceiro do governo e, para não muitos, decisivo (por conta do desempenho, então, de Jorge Pozzobom) para a vitória de 2008.

Os tucanos, por seus dirigentes, indicaram Nunes para ocupar a secretaria de Esportes, onde já atuava, como superintendente. O que isso significa? Bem, que pelo menos não pretendem sair da administração municipal. Isso é o cristalino, nas relações políticas. Afinal, como você pode indicar alguém para, dali a alguns dias, abandonar o barco? É improvável. É?

Bem, essa talvez seja a aposta, e se deu então o primeiro movimento em direção ao PSDB, de Schirmer. Que, de resto, não quer ver um aliado de peso quatro anos atrás, agora como adversário. Este, Jorge Pozzobom, por sua índole, carisma e estilo político, não é exatamente alguém do tipo “alisador”, numa campanha. Algo a evitar, portanto.

O movimento de Schirmer, respaldando a indicação tucana e nomeando Luiz Fernando Nunes para a secretaria, de outro lado, expõe uma contradição tucana. Afinal, se Pozzobom for candidato (e tem dado indicações sobejas a respeito), terá que confrontar-se internamente. Isso, ou o partido obrigatoriamente será levado a dizer o que pensa. Afinal, indicou um secretário e agora virou inimigo?

Pooois é. E o segundo movimento, talvez ainda mais importante e estratégico? Deste o editor escreve daqui a pouco, na nota seguinte. Aguarde!

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