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Não será dia 11. Mas talvez não seja dia 29. Decisão do TSE bagunça (ainda mais) o PMDB

O grupo peemedebista que defendia a candidatura própria à sucessão de Lula queria manter a data original, 11 de junho, da convenção nacional do Partido. Tanto que foi à Justiça e obteve, na terça-feira, liminar que obrigava a realização do evento agora – e não em 29 de junho, como havia decidido a Executiva, dominada pelos que não queriam ter concorrente á Presidência da República.

Pois é. Mas a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que radicalizou o processo de verticalização, obrigando os partidos a concorrerem coligados de alto a baixo, ou então partirem sozinhos nas empreitadas nacional e estaduais, deixou zonzos os políticos de todas as posições políticas. A ponto de, nesta quarta-feira, o PMDB decidir, num raríssimo consenso, não fazer convenção domingo, 11. E marcou reunião para segunda-feira para discutir tudo de novo.

As lideranças, simplesmente, não sabem o que fazer. E esperam ter um quadro mais claro na próxima semana. Até porque, qualquer consulta ao TSE deve ser respondida até 10 de junho. Leia, a propósito da situação peemedebista, notícia divulgada pelo portal ClicRBS, no final da noite de quarta-feira:

”PMDB chega a acordo e decide na segunda data da convenção
Partido discutiu conseqüências da decisão do Tribunal Superior Eleitoral

O presidente do PMDB, Michel Temer (SP), informou hoje que a executiva do partido deve se reunir na tarde da próxima segunda-feira para decidir que medidas o partido tomará em conseqüência da decisão do Tribunal Superior Eleitoral acerca da regra de verticalização vigente nas eleições deste ano. Nesta quarta-feira, a direção do partido realizou reunião de emergência para discutir as conseqüências da decisão do TSE.

À saída da reunião, Temer disse que a decisão não era esperada e que se criou um “mundo novo” para o partido nas eleições.

– Acho que para o PMDB foi positivo. O PMDB vai firmar-se ainda mais nacionalmente. Ficou subentendido para o partido ter um candidato à presidência porque aí terá os oito minutos e pouco de televisão para divulgar o número 15 e apoiar os candidatos a governador e senador – disse ele.

Segundo decisão do TSE tomada ontem, a verticalização determina que partidos sem candidato à Presidência não poderão se coligar nos Estados com partidos em situação oposta. Além disso, alianças nacionais deverão ser automaticamente reproduzidas nos Estados.

Em função da nova situação, ficou suspensa até mesmo a disputa interna no partido a respeito da data da convenção. Hoje, a Justiça Federal de Brasília, em decisão liminar, havia determinado que a convenção deveria ser realizada neste domingo, acolhendo mandato de segurança do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo Temer.

Ainda segundo Temer, na reunião de hoje, foi feito um acordo geral, e o deputado aceitou retirar a ação para que o partido possa discutir a nova situação política para o partido na reunião de segunda-feira. O presidente do PMDB disse que vai informar ao TSE sobre o acordo.

Temer disse que devem participar da reunião de segunda-feira todos os candidatos a governador, a senador, e lideranças do partido de todo o país. A reunião deverá gerar um acordo sobre a data da convenção nacional do partido, que deve se dar entre 17 e 22 de junho, segundo ele.

O presidente do PMDB também relatou conversa que teve ontem à noite com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e com o senador José Sarney (PMDB-AP). Segundo Temer, mesmo com a decisão do TSE, os dois achavam que era possível o PMDB fazer coligações diversas nos estados, caso não tivesse candidato a presidente. Hoje, disse Temer, perceberam que isso não será possível.

– Para acórdão do TSE, não vale recurso. Talvez um mandato de segurança no Superior Tribunal de Justiça – afirmou.

Segundo a assessoria do TSE, o acórdão (decisão final, por escrito) relativo à decisão…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do ClicRBS na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/clicnoticias/

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