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Fracasso. Dos 47 senadores que concorreram a alguma coisa em outubro, só 13 foram vitoriosos

O site “Congresso em Foco”, especializado nas coisas e loisas do parlamento brasileiro, fez mais um levantamento dos mais interessantes. Foi atrás do que aconteceu com os 47 (dos 81) senadores que concorreram a alguma coisa, agora em outubro. E constatou que a grande maioria simplesmente se danou. Para alguns, que estavam em fim de mandato, a situação ficou ainda pior, pois terão que ir pra casa. Já há os casos dos parlamentares que ainda terão tempo no Congresso. E, aí, a situação pelo menos ficou um pouco menos dramática. Mas é dolorosa a derrota de alguns dos grandões do Senado da República.

Veja-se o caso de Arthur Virgílio, do PSDB, um dos mais ferozes opositores do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Este, definitivamente, terá que parar para refletir um pouquinho. Sua tentativa de governar o Amazonas foi um retumbante fiasco: fez apenas 5,5% dos votos. Mas terá mais quatro anos de mandato no Senado e será testado pelas urnas de novo em 2010.

Triste também foi a situação de Roseana Sarney, de saída do PFL em direção, provavelmente, ao PMDB. Perdeu o pleito para o governo do Maranhão para o pedetista Jackson Lago. O uso do verbo no passado (“foi”) justifica-se. Afinal, embora a melancolia da derrota, Roseana não tem muito do que se queixar. Afora os quatro anos que ainda tem para cumprir no Senado, está na bica para ser convidada por Lula para ocupar um ministério.

De qualquer forma, vale a pena ler – e, conforme o caso, se divertir – a reportagem do jornalista Edson Sardinha, do “Congresso em Foco”, mostrando o que aconteceu com os nobres senadores que tentaram vida nova nas urnas:

O fracasso eleitoral dos senadores
Dos 47 senadores que se candidataram a algum cargo, 33 saíram derrotados. Desses, 14 ficarão sem mandato no ano que vem

Levantamento feito pelo Congresso em Foco mostra que sete em cada dez senadores que disputaram as eleições saíram derrotados das urnas. Dos 47 que se submeteram ao julgamento do eleitor em outubro, 33 (70%) foram condenados ao fracasso eleitoral. A pena foi ainda mais severa para 14 deles, cujo mandato se encerra no início de 2007: o afastamento involuntário de cargos eletivos por, no mínimo, dois anos. Aos outros 19, resta ainda o consolo de ter mais quatro anos de legislatura pela frente.

Dos 14 senadores que tiveram sucesso eleitoral, apenas sete se reelegeram: Tião Viana (PT-AC), José Sarney (PMDB-AP), Alvaro Dias (PSDB-PR), Pedro Simon (PMDB-RS), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Maria do Carmo Alves (PFL-SE). Já Aelton Freitas (PL-MG) e Alberto Silva (PMDB-PI) preferiram trocar a cadeira no Senado por um assento na Câmara, onde é necessário menos votos para se eleger.

Outros seis senadores fracassaram ao tentar renovar o mandato por mais oito anos: Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), Rodolpho Tourinho (PFL-BA), Luiz Otávio (PMDB-PA), Ney Suassuna (PMDB-PB), Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) e Fernando Bezerra (PTB-RN), líder do governo Lula no Congresso.

Mas, para os senadores Luiz Pontes (PSDB-CE) e Juvêncio da Fonseca (PSDB-MS), a derrota foi ainda mais retumbante. Os dois não conseguiram sequer conquistar uma vaga na assembléia legislativa de seus estados. O primeiro foi apenas o 36º mais votado para deputado estadual no Ceará, enquanto o segundo não passou da 44º posição em Mato Grosso do Sul, com os seus 8.267 votos.

Depois de Juvêncio, nenhum outro senador teve, proporcionalmente, votação menos expressiva nesta eleição do que Leomar Quintanilha (PCdoB-TO). Com apenas 9.206 votos (1,39%), o comunista – que traz em seu currículo passagens pelo PFL, o PP e o PMDB – foi o terceiro colocado na corrida ao governo de Tocantins. Candidato no estado de menor colégio eleitoral do país, Roraima, Augusto Botelho (PDT) recebeu o apoio de 5.502 eleitores (2,95%).

Eleições estaduais

Objeto de desejo de 23 senadores nestas eleições, o cargo de governador só foi alcançado por três deles: Teotônio Vilela (PSDB), em Alagoas, Ana Júlia (PT), no Pará, e Sérgio Cabral (PMDB), no Rio de Janeiro. Dos três que concorreram aos governos estaduais na condição de vice, apenas João Alberto (PMDB), vice de Roseana Sarney (PFL) no Maranhão, não teve sucesso.

Os senadores Leonel Pavan (PSDB) e Paulo Octávio (PFL) também devem renunciar ao mandato até o fim do ano para serem empossados como vice-governadores de Santa Catarina e do Distrito Federal, respectivamente.

Votos em fuga

Até mesmo parlamentares que fizeram barulho nos últimos quatro anos, em Brasília, colheram agora resultados pífios das urnas em seus estados. É o caso, por exemplo, do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), recordista em discursos contra o governo Lula no plenário.

Eleito em 2002 com 608.762 votos (29,4% dos válidos), o tucano viu sua votação despencar oito vezes este ano, quando ficou apenas em terceiro lugar na disputa ao governo do Amazonas, com o apoio de 74.900 eleitores (5,5%).

Menos sucesso ainda teve o senador Demóstenes Torres (PFL-GO). Depois de surpreender o país quatro anos atrás, ao tomar a vaga até então ocupada pelo…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do “Congresso em Foco”, no endereço http://www.congressoemfoco.com.br/Noticia.aspx?id=11395.

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