FHC. Tucanos têm chances reais de retomar a Presidência da República. Mas, antes…
Fernando Henrique Cardoso completou 76 anos no último dia 18. É figura preponderante na história brasileira. Não apenas, mas principalmente porque presidiu a República. E por oito anos. E eleito pela maioria da população. Como já havia sido, antes, senador por São Paulo.
FHC é, também, o presidente de honra do PSDB, o Partido da Social-Democracia Brasileira, da qual é um dos fundadores. E acredita firmemente que a agremiação possa voltar à Presidência, perdida há duas eleições para o petista Luiz Inácio Lula da Silva. E que não concorre outra vez em 2010.
Estão dadas as condições, portanto, para que outro partido possa vencer o pleito – especialmente porque, é consenso, os petistas não têm um nome em condições sequer semelhantes as de Lula. Nesse contexto, é o PSDB o principal partido do País. E o que têm mais figuras capazes de arrematar handicaps e concorrer ao Palácio do Planalto.
Dito isto, começam os problemas. Um deles foi dado pelo próprio FHC, em entrevista que o jornal O Estado de São Paulo publicou, esta semana (confira a sugestão de leitura, mais abaixo). E é a falta de filiados. Tradução livre claudemiriana: falta é quem erga a bandeira e a leve às ruas. O tucanato é elitista, no jeito de se comunicar politicamente. Ganha parcela da classe média, mas povo que é bom não há – com as exceções pra lá de pontuais.
Como ganha, então, perguntará o leitor? Pelo carisma de suas lideranças, capazes de formar uma confortável teia de apoios – o que tende a não se repetir em 2010. Ou uma circunstância especial. Exemplos: o Plano Real criado pela equipe de Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda de Itamar Franco, garantiu ao sociólogo a candidatura e a vitória, em 1994. E a reeleição, quatro anos depois. O temor de ver o PT no segundo turno, e os desacertos da campanha de Germano Rigotto levaram Yeda Crusius à final, em 2006, no Rio Grande do Sul. E à vitória contra Olívio Dutra. Em ambos os casos, a militância veio ao natural – e não por provocação partidária. É a tese claudemiriana, ao menos.
O segundo problema, de real grandeza, é a disputa interna. Há quem diga que FH gostaria de ser ele mesmo o candidato presidencial. É improvável, inclusive pela questão etária (terá 79 anos em 2010). Mas sobretudo porque não tem sentido recolocá-lo na disputa tendo disponíveis José Serra (que é do agrado do ex-presidente) e Aécio Neves. Esse confronto terá que ser muito bem mediado pelos tucanos. Ou o que é possível, como bem disse o ex-presidente, pode virar um pesadelo. Com os dois governadores concorrendo. E só um pelo PSDB.
SUGESTÃO DE LEITURA – clique aqui e leia a reportagem FHC: PSDB tem ‘grandes chances’ em 2010, publicada pelo G1, o portal da Globo, com informações da Agência Estado.
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