Animais: Santa Maria ainda será um modelo – por Carlos Costabeber
A MATÉRIA de capa do Diário de Santa Maria desse sábado/domingo, “CAVALO DE FERRO”,foi sobre o programa desenvolvido pelo Curso de Medicina Veterinária e Hospital Veterinário da UFSM, em prol dos cavalos da Vila Maringá.
Tive acesso às fotos tiradas dos animais, e confesso que chorei, em ver o estado em que se encontra a maioria deles: desnutridos, doentes, feridos, esgotados, passando frio.
Por isso louvo a iniciativa do Prof. Sérgio Segala, que abraçou a idéia, e está indo junto com os alunos e colegas veterinários, para dar assistência aos cavalos.
A Editoria do nosso “Diário” se sensibilizou com o fato, até por ser um assunto que toca muito o sentimento das pessoas. Por isso, agradeço ao jornal pela divulgação desse trabalho, que só honra a tradição da UFSM em seu trabalho de extensão.
Claro que é só o começo!
O desafio é gigantesco, mas estou otimista a ponto de sonhar que um dia Santa Maria será uma referência no trato e preservação dos direitos dos animais.
Um passo decisivo foi a criação da Lei Municipal 5657, que autoriza o Executivo a manter uma Central de Controle e Bem-Estar Animal. Com isso, a comunidade santa-mariense passa a ter um instrumento que vai regular a situação, permitindo que as entidades envolvidas na proteção animal e a própria UFSM possam aspirar por dias melhores.
No entanto temos algumas variáveis que fogem ao controle, como a topografia da cidade, fazendo que os animais sofram em demasia para vencer os aclives – principalmente no final das jornadas, quando as carroças estão sobrecarregadas de peso.
Outra necessidade, é logística. As carroças têm de fazer longos percursos, entre os locais de coleta e os pontos de estocagem, lá na periferia.
Não será nada fácil, mas já levei esse assunto ao conhecimento do Prefeito; e agora pretendo conversar com as empresas responsáveis pela aquisição do material recolhido (pelos catadores), para tentar viabilizar depósitos mais próximos. Com isso, os catadores (muitos fazem o percurso a pé) retornariam para casa livres das cargas.
Também preciso mobilizar meus amigos empresários, para que se possa adquirir ração em grandes volumes (para baratear bastante o preço), medicamentos e materiais diversos.
Por fim, precisamos ampliar a construção de BEBEDOUROS. O Prof. Segala me disse que os carroceiros valorizam muito os locais aonde podem encontrar água para seus cavalos. A Superauto começou com a instalação de um tanque d´água, seguida pela Dona Léa do Cartório de Camobi e do Hélio da Cotrel. A Base Aérea irá construir um no residencial que fica na rota para a Vila Maringá.
Certamente até a primavera, vamos arregimentar outras empresas e pessoas, que queiram colocar um simples tanque com água junto à rua. Uma ação simplíssima, mas de alto valor para os cavalos, já que 90% deles passa muita sede durante o verão.
Se a comunidade de Santa Maria quiser, seremos no futuro uma cidade modelo na defesa dos direitos dos animais.
Faça você também parte dessa bela história!
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